Paulo Moura - 04/09/2023 10h09 | atualizado em 04/09/2023 10h58

Uma servidora do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) foi presa pela Polícia Civil por suspeita de desviar cerca de R$ 2,5 milhões de contas judiciais. Identificada como Eliana Vita de Oliveira, de 53 anos, a mulher trabalha há cerca de 31 anos no Judiciário paulista.

Segundo as investigações, Eliana era escrevente-chefe no Departamento de Inquéritos Policiais da Justiça Paulista (DIPO) e, por esse motivo, tinha acesso a milhares de processos arquivados. Com isso, a mulher escolhia algum processo em que o dinheiro apreendido ainda estivesse em uma conta da Justiça e o fraudava.

Para executar a fraude, segundo as investigações, ela elaborava e emitia guias falsas. Essas guias eram ordens de saque e serviam para desviar recursos de contas judiciais. Em um primeiro momento, os juízes não perceberam que se tratava de um golpe e autorizaram os saques. Por ser funcionária de carreira do Poder Judiciário, ela era considerada uma pessoa de confiança.

– Estima-se que cerca de R$ 2,5 milhões foram desviados, já provados na denúncia. Mas estima-se que esse valor seja até maior – disse o promotor Juliano Carvalho Atoji.

Em depoimento, Eliana confessou a prática e disse que descobriu “uma brecha no sistema processual”. No relato, a servidora ainda relatou que fez a primeira fraude, em 2021, “de forma experimental”, e que, como não houve nenhuma dificuldade; depois, realizou outros cinco desvios de dinheiro. O advogado dela, por sua vez, disse que ela não confirmou ter desviado dinheiro.

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