Camille Dornelles - 01/11/2017 08h14 | atualizado em 01/11/2017 10h07

Uma televisão LED de 65 polegadas, um sistema de som Home Theater com seis saídas, aparelho de DVD e Blue Ray e 160 filmes. Quem não gostaria de ter um cinema desses em casa?

Todo esse material seria instalado na cadeia pública José Frederico Marques, na Zona Norte do Rio de Janeiro, para presos na Operação Lava Jato, incluindo o ex-governador Sérgio Cabral.

A Secretaria de Administração Penitenciária declarou que o material foi doado ao presídio pelas igrejas Batista do Méier e Comunidade Cristã Novo Dia. No entanto, ambas declararam que desconhecem as doações.

– Não foi autorizada qualquer doação de equipamentos eletrônicos a qualquer complexo penitenciário. A Igreja tem por hábito rejeitar quaisquer ofertas, doações e legados, quando esses tenham origem, natureza ou finalidade que colidam com os princípios éticos e cristãos exarados na Bíblia sagrada – declarou, em nota, o líder da Igreja Batista do Méier.

A Secretaria chegou a afirmar, em nota, que “a instalação de videotecas nas unidades prisionais estão dentro das previsões da Lei de Execuções Penais que cita a ressocialização dos internos”, mas, na noite de terça-feira (31), voltou atrás e declarou que retirará o cinema privado da cadeia.

Em valores, o Home Theater custa R$ 23 mil. A TV custa de R$ 9 mil a R$ 14 mil, o aparelho Blu Ray, de R$ 10,6 mil a R$ 12 mil, e o aparelho de som cerca de R$ 3 mil.

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