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Sequestro na Ponte: Por trás das negociações

Major da PM fala sobre os procedimentos de negociação em casos de sequestro

Virgínia Martin - 20/08/2019 10h07 | atualizado em 20/08/2019 11h03

Um sequestro mobilizou a ponte Rio-Niterói desde as 6 horas da manhã desta terça-feira (20). Passageiros de um ônibus da Viação Galo Branco foram feitos reféns por um homem armado, portando uma faca e material combustível. Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar estão no local e um esquema de negociação foi articulado durante três horas. Sobre os procedimentos que são realizados neste tipo de operação, o Major da Polícia Militar, Paulo Roberto Dias da Silva, traz informações de como a polícia age a fim de que os reféns sejam liberados com vida.

Dias ressalta que tempo e negociação são fundamentais nestas circunstâncias. E que os profissionais especializados sabem como dissuadir o sequestrador para que desista do crime e todos os envolvidos saiam ilesos.

– A pessoa que comete o sequestro sabe que não tem como sair. A questão passa a ser de confiabilidade porque ele precisa, neste momento, acreditar que vai sair com vida. A negociação se firma na confiança dele de que ele sairá com vida e irá liberar as vítimas.

Na ativa desde 1986, Major Dias tem know how em situações de crise

Em atuação na PM há 33 anos, Major Dias tem experiência em treinamento, em riscos e em serviço de segurança. Ele explica que durante a negociação existe um gestor de crise e um negociador. Nestas emergências, os procedimentos podem ser administrados pelo Batalhão de Operações Especiais ou pela Polícia Militar. O negociador faz uma avaliação estratégica para que não haja agravamento da situação. E tem todas as informações com prioridade para que reféns saiam com vida.

– Mas chega uma hora em que o psicológico do infrator não aguenta e ele pensa que a melhor coisa que tem que fazer é ir liberando todo mundo e responder na justiça pelo ato que cometeu. Demora, muitas vezes, e ele vai sendo vencido pelo cansaço .

Durante toda ação policial, é o gerente de crise quem presta conta de todo o processo até o seu encerramento. Major Dias explica que em caso de um tempo muito longo de negociação ou sob orientação do gestor de crise, um negociador pode trocar com outro negociador. E que o trabalho é uma espécie de “briga psicológica”. Até o momento em que o sequestrador se entregue ou o uso de um sniper seja acionado.

 

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