Seis PMs são afastados da rua após mortes em Paraisópolis
Agentes não estão fazendo serviços operacionais
Gabriela Doria - 02/12/2019 21h08
Seis policiais militares foram afastados dos serviços operacionais enquanto a morte de nove jovens na madrugada deste domingo (1º), na favela de Paraisópolis, na Zona Sul da capital paulista, é investigada pela Polícia Civil e pela Corregedoria da PM. Os jovens morreram após serem pisoteados durante uma intervenção da Polícia Militar na festa que reunia cerca de 5 mil pessoas.
A Polícia Militar confirmou a informação nesta segunda-feira (2), porém, usando o termo “preservados” aos policiais que ficarão fora das ruas.
– Os PMs não serão afastados, mas sim preservados [dentro do batalhão] neste momento. Não há, até agora, nenhuma evidência de erro por parte dos policiais – afirmou o tenente-coronel Emerson Massera, porta-voz da corporação.
A Ouvidoria das policias (Civil e Militar) pediu o afastamento dos seis PMs, nesta segunda.
– É preventivo afastar os policiais envolvidos na ocorrência em razão da complexidade dela – afirmou o ouvidor Benedito Mariano.
Parentes de vítimas e sobreviventes acusam os policiais militares de encurralarem os frequentadores do baile e depois agredi-los em vielas.
PMs afirmam que perseguiam suspeitos em uma moto. Eles teriam entrado no baile e atirado contra os policiais, causando correria.
A Polícia Militar afirmou que está investigando possíveis excessos e que um inquérito na Polícia Civil apura a o caso.
*Folhapress