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Segurança envolvido na morte de João Alberto estava no 1° dia

Giovane da Silva trabalhava pela primeira vez como segurança terceirizado do hipermercado

Pleno.News - 24/11/2020 09h52 | atualizado em 24/11/2020 09h53

Homem é espancado e morto por segurança e PM em Carrefour de Porto Alegre Foto: Reprodução

Preso após participar da morte de João Alberto Freitas, de 40 anos, o policial militar temporário Giovane Gaspar da Silva, de 24 anos, trabalhava pela 1ª vez como segurança terceirizado do Carrefour no dia do crime. Ele foi contratado para suprir a falta de outro vigia, em jornada de 12 horas. Silva e o outro segurança foram filmados durante o espancamento e afastados do Carrefour.

– Aquele tinha sido o primeiro dia dele (Silva) no mercado e o pior, faltava apenas uma hora para ele ir embora. Na verdade, ele foi contratado por um outro colega, que iria realizar o pagamento do serviço diretamente para ele – disse o advogado do PM temporário, David Leal.

Embora seja vedada atuação de PMs no horário de folga, Silva aceitou o serviço para ampliar a renda familiar, afirmou o advogado.

– Ele viu que o bico não servia para ele, mas quis complementar a renda. Ficou com receio de aceitar o trabalho, que acaba sendo mal visto. Ele estudava para concurso e tinha o sonho de ser policial rodoviário federal. Foi no primeiro dia que ocorreu aquela grande fatalidade – disse.

Ele afirma que Silva não tinha vínculo empregatício com o Grupo Vector, empresa responsável pela fiscalização na unidade do Carrefour. Já o Grupo Vector disse que ele havia sido contratado no dia 19, estava devidamente registrado e teve o vínculo rescindido no dia seguinte ao assassinato.

Os dois seguranças vão responder por homicídio triplamente qualificado – por motivo fútil, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Na noite de quinta, eles ficaram em silêncio durante a detenção.

– Houve homicídio culposo, provavelmente, pela pressão exercida quando ele foi imobilizado. Meu cliente atuou para conter a agressão. Não teve nenhum cunho racial – declarou o advogado.

Além dos dois seguranças, o Carrefour também afastou uma outra funcionária, que aparece de blusa branca no vídeo do ocorrido. A Polícia Civil já havia dito que pode investigar as outras pessoas vistas na cena do crime por omissão de socorro. A investigação tem prazo de 10 dias para concluir o inquérito a partir da instauração. Caso contrário, os trabalhos podem ser estendidos por mais 15 dias.

– Já ouvimos mais de vinte pessoas no inquérito e vamos seguir realizando as diligências – disse Roberta Bertoldo, a delegada responsável pelo caso.

REABERTURA
A loja do Carrefour onde João Alberto foi morto reabriu ontem em Porto Alegre, após três dias fechada. No local, era possível ver rastros da invasão e depredação do estabelecimento ocorridos na sexta-feira (20).

Pichações, cartazes e flores eram visíveis nas grades do Carrefour. Na parte interna, o clima era de tensão; funcionários com semblante preocupado trocavam poucas palavras e o movimento era bastante abaixo do normal. Em nota, o Carrefour disse dar assistência aos lojistas. Para as lojas com avarias, disse estar em contato com os responsáveis para avaliar medidas.

*Estadão

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