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Caso Miguel: Sari Corte depõe aos gritos de ‘assassina’

Primeira-dama de Tamandaré prestou depoimento por mais de 6 horas

Gabriela Doria - 29/06/2020 17h26 | atualizado em 29/06/2020 20h13

Sari Corte Real presta depoimento em delegacia em Recife Foto: Folhapress/Carlos Ezequiel Vannoni

Tumultos e protestos marcaram a saída de Sari Corte Real da delegacia, nesta segunda-feira (29), onde ela prestou depoimento. A primeira-dama da cidade de Tamandaré, em Pernambuco, é investigada no caso da morte do menino Miguel Otávio, de 5 anos, que estava sob seus cuidados e caiu do 9º andar do prédio onde ela mora. Miguel era filho da empregada doméstica de Sari, Mirtes Souza.

Por causa da aglomeração na frente da delegacia, policias precisaram montar um esquema para retirar Sari do local. Eles deixaram uma viatura em frente à DP e tentaram fazer um corredor humano para a primeira-dama chegar ao carro da polícia. Neste momento, Sari foi alvo de xingamentos e chamada de “assassina”. A polícia teve dificuldades para sair com o carro após pessoas se colocarem na frente do veículo. O carro particular de Sari saiu em seguida, levando familiares e advogados.

A presença da Mirtes também causou tumulto. Mesmo sem ser convocada, a mulher decidiu ir ao local quando soube que a ex-patroa estava prestando depoimento. Ele levou um retrato de Miguel e disse que estava lá para “falar umas verdades na cara” de Sari.

Mirtes de Souza segura retrato do filho Miguel na porta da delegacia Foto: Folhapress/Carlos Ezequiel Vannoni

– Ela não demonstrou arrependimento nenhum. Ela é um monstro, uma pessoa fria e calculista. Ela não me pediu desculpas. Disse que eu não tinha obrigação nenhuma de cuidar dos filhos dela – disse Mirtes após confrontar a primeira-dama dentro da DP.

DELEGACIA ABRIU MAIS CEDO
Outro ponto que gerou revolta em Mirtes e populares foi que a delegacia de polícia abriu mais cedo apenas para receber a primeira-dama. O local começa a funcionar às 8h, mas abriu por volta das 5h50, horário em que Sari chegou para depor.

– Dinheiro fala muito mais alto, tanto é que a delegacia abriu mais cedo para ela – disse Marta Santana, avó de Miguel.

A Polícia Civil afirmou que o horário diferenciado foi um pedido da defesa de Sari, que temia pela segurança da mulher.

– Considerando os argumentos relativos à possibilidade de aglomeração de pessoas e o risco de agressão à depoente por parte de populares, o delegado deferiu o requerimento – disse a polícia em nota.

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