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Sargento que atirou em vizinho é indiciado por homicídio culposo

Militar confundiu vizinho com bandido e disparou 3 vezes contra ele

Pierre Borges - 04/02/2022 16h28 | atualizado em 04/02/2022 16h41

sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra e Durval Teófilo Filho
Sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra e Durval Teófilo Filho Fotos: Divulgação // Reprodução/Rede Globo

O sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, preso em flagrante nesta quinta-feira (3) após confundir seu vizinho, Durval Teófilo Filho, de 38 anos, com um ladrão e atirar três vezes contra ele, responderá por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Câmeras de segurança do condomínio em que os dois moravam registraram o carro do sargento parado em frente ao portão enquanto Durval chega a pé, indo também na direção do portão. Ele estava segurando um notebook com uma mão e parecia usar a outra para mexer em uma bolsa como se procurasse algo (possivelmente sua chave).

Ao notar a presença do vizinho, de dentro do carro, Aurélio efetuou três disparos contra Durval, que caiu no chão ao ser atingido. À Polícia Civil, o sargento disse que o local é muito perigoso e que viu um homem se aproximando “muito rápido” de seu carro. Ele alega que atirou no vizinho porque o confundiu com um ladrão.

O crime ocorreu em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Aurélio relatou à polícia que, após efetuar os disparos e constatar que o homem estava caído, aproximou-se e viu que Durval estava desarmado. Ele conta que o vizinho chegou a dizer para ele que morava no mesmo condomínio.

Ao constatar o erro, o sargento tentou prestar socorro a Durval e o levou para o hospital, mas ele não resistiu e morreu na unidade. Desde então, o militar segue preso, mas poderá pagar uma fiança estipulada em R$ 120 mil. Veja o momento dos disparos:

A FAMÍLIA DA VÍTIMA
Durval Teófilo Filho deixa uma filha e a esposa, Luziane Teófilo. Ao G1, ela contou que ouviu os disparos e que a filha chegou a ver o pai ao olhar pela janela de casa.

– A minha filha, que tem 6 anos, estava esperando por ele [Durval]. Imediatamente [ao ouvir os tiros] ela olhou pela janela e disse que era o pai dela – relatou.

No hospital, Luziane foi informada pela médica que o marido havia sido alvejado por um vizinho que o confundiu com um bandido. Ela contou que ficou transtornada com a notícia e disse que nunca pensou que isso fosse acontecer com um vizinho.

– Vendo as câmeras, ouvindo a fala do delegado e pelo que os vizinhos estão falando, tenho certeza de que isso aconteceu porque ele é preto. Mesmo ele falando que ele era morador do condomínio, o vizinho não quis saber. Para mim, foi racismo sim – afirmou a viúva.

A MARINHA
Em nota, a Marinha do Brasil informou que “tomou conhecimento da ocorrência envolvendo um dos seus militares, em São Gonçalo-RJ, e informa que está colaborando com os órgãos responsáveis para a elucidação do fato. A MB lamenta o ocorrido e se solidariza com os familiares da vítima”.

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