Sara Winter fala sobre o fim dos encontros cristãos na UFF
A ativista declarou que vai processar a universidade e falou como está emocionalmente
Camille Dornelles - 16/05/2018 15h11 | atualizado em 16/05/2018 15h33

Após os confrontos entre estudantes de esquerda e o Movimento Cristão Universitário na Universidade Federal Fluminense (UFF), no dia 27 de abril, um documento divulgado pela UFF proibiu as reuniões do MCU. Nesta quarta-feira (16), a ativista Sara Winter falou ao Pleno.News sobre o caso.
Ela esclareceu que a UFF não proibiu os encontros, mas foram os Institutos de Psicologia, História e Filosofia e Ciências Sociais que negaram ceder seus espaços ao movimento.
– Mas agora, outros professores estão com medo de sofrer represálias se permitirem a atividade. O MCU não tem mais onde realizar os encontros e as aulas. Enquanto isso, vemos que a UFF abre espaço para a pré-candidata a deputada federal do PSOL Talíria Petrone lançar sua campanha. E nós, que queremos estudar o papel do cristão na sociedade, somos vetados – relatou.
Segundo Sara, as reuniões têm ocorrido em igrejas, shoppings e de maneira escondida dentro da UFF.
– Eu estou processando a reitoria da universidade por ter nos mantido reféns por sete horas sem atendimento médico ou alimentação. Também vamos processar todos que estão nos difamando e a indenização irá a entidades cristãs de assistência social – declarou, se referindo ao caso do dia 27 de abril.
Ao ser perguntada sobre seu estado emocional atual, após ter sido mantida presa contra sua vontade, ela afirmou estar “fortalecida”.
– Eu estou cada vez mais fortalecida. Esse tipo de situação me fortalece, porque mostra que o trabalho que tenho feito é reconhecido, que incomoda aqueles que são inimigos da verdade, de Jesus, da família e da vida. Estou pronta para uma nova batalha ideológica, emocional e espiritual – afirmou.
Leia também1 A onda de conflitos nas universidades
2 Grupo de esquerda prende Sara Winter em prédio da UFF
3 Ex-feminista radical, Sara Winter quer ser deputada