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São Paulo tem plano alternativo de vacinação, afirma Doria

Governador afirmou que "em SP, brasileiros serão imunizados com a vacina do Butantan com a aprovação da Anvisa"

Pleno.News - 23/10/2020 16h39

Governador de SP, João Doria Foto: Governo do Estado de São Paulo

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta sexta-feira (23) que seguirá no trabalho pela aprovação, junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de vacina contra a Covid-19 feita em São Paulo, apesar das críticas do presidente Jair Bolsonaro ao imunizante. Ele reforçou que o governo tem um plano alternativo de imunização caso o governo federal se recuse a fazer pelo SUS a aplicação. A Coronavac está em desenvolvimento pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac.

Como o Estadão/Broadcast revelou ontem, diante da possibilidade de o Ministério da Saúde ignorar a Coronavac por ela ser chinesa e desenvolvida pela gestão de Doria, governadores e secretários de saúde do País passaram a cogitar a possibilidade de um consórcio para financiar e distribuir a vacina. A ideia ainda embrionária, no entanto, esbarra na dificuldade de se conseguir os recursos necessários para a realização do plano sem o apoio do governo federal.

– Se diante de uma circunstância negacionista, como infelizmente afirmou o presidente Jair Bolsonaro ontem pela manhã, que mesmo com a aprovação da Anvisa, o Ministério da Saúde não distribuiria e não permitiria o acesso dos brasileiros à vacina do Butantan, São Paulo tem um plano alternativo e eu garanto que aqui em São Paulo, os brasileiros serão imunizados com a vacina do Butantan com toda a segurança que [o instituto] oferece e a aprovação da Anvisa – ressaltou Doria.

Diálogo
Apesar de Bolsonaro ter dito que mantém “zero” diálogo com Doria, o governador afirmou estar disposto a conversar e a chegar a um entendimento com o presidente.

– Estamos abertos ao diálogo e a construir um programa que permita que os brasileiros sejam salvos pelas vacinas, pela orientação correta, pela compaixão (…) Basta o presidente me convidar e eu estarei em Brasília para o diálogo na mesma hora”, disse o tucano.

Sobre a mediação das conversas, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presente na entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, afirmou que “tentaram fazer uma intriga com o governador”.

– O governador é meu aliado e meu amigo – disse.

Maia afirmou ainda que sua presença ali na coletiva não é uma sinalização contra o governo federal.

– Minha posição é apenas de dizer que a vacina qualquer que seja será muito importante principalmente para quem está acima dos 60 anos – disse o parlamentar.

Certificado
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que, apesar do atraso na autorização da Anvisa, é esperado em até cinco dias, a partir de quinta-feira (22), o certificado para importação de matéria-prima necessária para a produção das doses da vacina Coronavac.

O instituto diz esperar desde o dia 18 de setembro resposta ao pedido que fez para que a agência autorize, em caráter de excepcionalidade, a importação da matéria-prima para o início da fabricação local. Como o produto ainda está em testes e não possui registro para comercialização, ele precisaria de uma autorização especial para ser trazido ao País. O atraso foi motivo de preocupação do Instituto, diante das declarações do presidente Jair Bolsonaro de que não faria uso da vacina mesmo com autorização da agência reguladora.

– A da China nós não compraremos, é decisão minha. Eu não acredito que ela transmita segurança suficiente para a população Esse é o pensamento nosso. Tenho certeza que outras vacinas que estão em estudo poderão ser comprovadas cientificamente, não sei quando, pode durar anos – afirmou Bolsonaro na quarta-feira (21).

*Estadão.

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