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Helder Bindá Pimenta é alvo de operação da Polícia Federal

Monique Mello - 23/02/2022 21h35 | atualizado em 25/02/2022 11h36

Professor Helder Bindá Pimenta Foto: Reprodução/Redes Sociais

O professor de Anatomia Helder Bindá Pimenta, de 37 anos, é investigado pela Polícia Federal por suspeita de envio de órgãos humanos para um famoso designer de moda indonésio em Cingapura. Docente da Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), Helder possui um vasto currículo acadêmico.

O professor é doutorando em Ciências Morfofuncionais pela Universidade Federal do Ceará (UFC), mestre em Ciências Biomédicas pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), graduado em Fisioterapia pela Universidade Adventista de São Paulo (UNASP).

Entre as especializações Helder, há especialização em Educação na Saúde, no curso de Medicina pela UEA, e em Unidade de Terapia Intensiva, pelo UNASP. Ele também é sócio efetivo da Sociedade Brasileira de Anatomia, além de membro da ISP (International Society for Plastination) e da American Association of Anatomists.

Em abril de 2019, um estudo da autoria de Helder ficou entre os dez melhores trabalhos classificados no Congresso Experimental Biology (Biologia Experimental), que aconteceu em Orlando, nos Estados Unidos.

Após a Operação Plastina ser deflagrada pela Polícia Federal terça-feira (22), a Justiça também determinou o afastamento do professor de suas funções públicas.

Manaus: PF investiga tráfico de órgãos em universidade estadual
Manaus: PF investiga tráfico de órgãos em universidade estadual Foto: Divulgação/PF

O reitor da UEA, Cleinaldo de Almeida Costa, determinou que haja instauração de uma sindicância interna. Para isso, nomeou quatro professores para uma comissão que deverá apresentar os resultados das investigações sobre a conduta do professor Helder em 30 dias.

– Após tomar conhecimento do ofício que determinou o afastamento cautelar do professor investigado e da ação de busca e apreensão no laboratório supracitado, a Reitoria da Universidade do Estado do Amazonas cumpriu a ordem judicial e determinou a abertura de sindicância para a apuração dos fatos e responsabilidades – diz a UEA em nota.

Caso seja condenado, Helder poderá cumprir pena de até 8 anos de prisão por tráfico internacional de órgãos humanos.

O CASO
Segundo a Polícia Federal, o professor de Anatomia Helder Bindá Pimenta teria enviado uma mão e três placentas humanas plastinadas para Singapura, no sudeste da Ásia.

De acordo com as investigações, indícios apontam que os órgãos haviam sido encomendados por um designer indonésio que vende acessórios e peças de roupas produzidos com materiais de origem humana. O nome da investigação é uma alusão ao procedimento que teria sido utilizado pelo investigado para preservar os órgãos.

A plastinação consiste na utilização de métodos químicos para realizar extração dos líquidos corporais e dos lipídios de materiais biológicos, substituindo-os por resinas plásticas, como silicone, por exemplo. A aplicação da técnica paralisa a decomposição do material, resultando em um tecido seco, inodor e mais durável.

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