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Policiais precisam reunir diversas habilidades e experiência para atuarem como snipers

Paulo Moura - 21/08/2019 12h26 | atualizado em 21/08/2019 12h28

Atirador de elite estava com fuzil mais moderno do país Foto: Reprodução

Foi usando um uniforme camuflado, uma máscara para cobrir o rosto e um fuzil de precisão AR-10, de fabricação americana, que o sniper do Batalhão de Operações Especiais (Bope) fez os disparos que terminaram o sequestro a um ônibus na Ponte Rio-Niterói nesta terça (20). O armamento é o mais potente e moderno utilizado no país.

O rosto do policial não estava coberto à toa. Por medida de segurança, um atirador de elite nunca pode ser identificado. Ele, que era o sniper mais bem posicionado, tinha 12 anos de corporação.

Para fazer parte da Unidade de Intervenções Táticas do Bope, o policial precisa ter, no mínimo, 10 anos de experiência operacional e reunir habilidades técnicas, especialmente de tiros de arma longas, as únicas usadas nesse tipo de operação. Eles também passam por reciclagem constante e treinam, em média, quatro horas por dia para adquirir perícia suficiente que os torne capazes de atingir objetos bem pequenos como uma moeda, a distâncias superiores a 100 metros. Até a respiração é treinada.

– Ele (o sniper) está em constante treinamento. Tiros de arma longa, a grandes distâncias, com diversos tipos de obstáculos . O trabalho psicológico e as técnicas de respiração também são muito importantes, porque ele não pode ficar nervoso, ofegante. A respiração desnivelada pode provocar o erro no disparo – explica o fundador do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) de São Paulo, coronel Wanderley Mascarenhas.

O armamento, que chamou a atenção, é uma aquisição relativamente recente. O AR-10 é a mais precisa arma usada no momento pela Polícia Militar do Rio. Ela pode ser manuseada por agentes do Bope e dos batalhões de Choque e de Ação com Cães. Equipada com uma luneta e um bipé para sustentação, a arma foi adquirida em 2014 para substituir os fuzis modelo ParaFal, de produção nacional, que eram utilizados pelas tropas especiais. Fora do Brasil, o armamento também é usado pelos Seals da Marinha americana.

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