Pleno.News - 09/05/2021 15h24 | atualizado em 09/05/2021 15h28

Foram mais de dois anos de sofrimento atrás das grades na Rússia. Libertado na semana passada, o motorista Robson Nascimento de Oliveira, de volta ao Brasil, revelou que sua rotina na prisão russa era beber água, dormir e chorar.

O ex-funcionário do volante Fernando foi preso após ser flagrado transportando uma mala com o medicamento Mytedon (cloridrato de metadona), proibido no país europeu. Acabou preso e surpreendido com declaração de Fernando e sua esposa alegando desconhecimento sobre o conteúdo da mala.

O motorista estava em mais um dia de trabalho normal na casa do jogador quando um familiar o chamou para ir prestar depoimento na delegacia. Robson não tinha ideia sobre o motivo exato e jamais imaginou que seria detido por ter carregado as malas para a família do atleta.

Com auxílio do governo do presidente Jair Bolsonaro, ele foi libertado na última terça-feira (4). Um dia depois desembarcou no Rio e se reencontrou, emocionado, com os familiares. Neste domingo, ao Esporte Espetacular, da TV Globo, ele falou sobre o pesadelo vivido nos últimos 26 meses preso na Rússia.

– Era complicado! Houve vários pedidos de soltura para que eu respondesse em liberdade e nunca houve nem um mais ou menos. Era sempre não. Por conta do fuso horário, só bebia água, dormia e chorava. As horas em que eu estava acordado, eu estava chorando – disse.

Fernando não ajudou a defensor Robson, que mesmo com auxílio brasileiro, acabou cumprindo longo tempo de prisão. Robson perdeu quase 20 quilos no período de detenção e agora espera recuperar o tempo perdido ao lado dos familiares.

– Eu só pensava em sair dali. Só queria sair, independentemente do que eu estava sentindo. Eu nunca perdi a esperança, porque eu era inocente – completou.

*Estadão

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