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Witzel ameaça prender quem desrespeitar o isolamento

Governador deu ordem para que pessoas fiquem em casa e que poderá ter que começar a "levar para a delegacia"

Henrique Gimenes - 30/03/2020 14h37 | atualizado em 30/03/2020 15h19

Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel Foto: Orli Rodrigues

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou, nesta segunda-feira (30), que pode “levar para a delegacia” pessoas que não respeitarem o isolamento social no estado. A declaração foi dada durante uma coletiva no Palácio Guanabara

Witzel prorrogou por mais 15 dias as medidas restritivas no Rio de Janeiro para conter a epidemia de coronavírus pela qual o Brasil passa. Ele disse que agora está dando “uma ordem” para as pessoas não saírem de casa.

– Daqui a pouco vamos ter que começar a levar para a delegacia. Até então foi um pedido, agora estou dando uma ordem: não saia de casa, porque aqueles que amanhã ou depois morrerem por falta de atendimento porque a curva de contaminação aumentou serão responsabilizados pela morte (…) Carregue na sua consciência aquele idoso, aquela pessoa que morrer você terá ajudado a matá-la – explicou.

Durante a coletiva, o governador também falou do presidente Jair Bolsonaro e disse que suas ações podem ser caracterizadas como “crime contra a humanidade”.

– Não estou aqui pra fazer prejulgamento de ninguém, mas se pudesse dar um conselho como jurista diria que está colocando em risco à sua liberdade porque é um chefe de estado e a um chefe de estado não se admite que vá na contramão de recomendações como a ONU, OMS. Fazer ações que possam aumentar a pandemia pode ser caracterizado nos termos do artigo 7º do Estatuto de Roma de crime contra a humanidade – ressaltou.

Sobre as medidas de restrição, Witzel afirmou que ao longo dos próximos dias deve fazer uma nova avaliação do cenário e que pode reduzir o isolamento. As mudanças, no entanto, terão por base a área de saúde.

– Assinei o decreto que renova por 15 dias e no dia 4 faremos nova avaliação da curva de crescimento da doença para, no dia 6, podermos ou não fazer um redução das medidas restritivas, mas pautado na área da técnica da saúde, jamais observando interesses econômicos – apontou.

Sobre a questão econômica, o governador que ela será resolvida em algum momento.

– Economia é uma preocupação, será resolvida a questão econômica. Teremos algumas pequenas mudanças, permitindo bares e restaurantes com 30% de sua capacidade, mas pedimos responsabilidade – destacou.

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