Ana Luiza Menezes - 26/03/2019 20h45 | atualizado em 27/03/2019 10h41

Nesta terça-feira (26), o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, foi interrogado na Justiça Federal. Na ocasião, ele confirmou que recebeu propina de uma cervejaria.

– Tinha propina. Houve ajuda em campanha eleitoral e, de fato, havia esse recurso, como o Carlos Miranda falou no depoimento dele que parte era para lavagem de dinheiro, outra parte ficava para o Ary e outra para gastos do caixa – falou.

A declaração dele confirma o que foi dito durante a delação de seu antigo operador financeiro, Carlos Miranda, que afirmou que existia uma propina mensal de R$ 500 mil por parte do Grupo Petrópolis. Em troca, a empresa conseguiu benefícios fiscais.

Ao ser ouvido, Cabril admitiu ainda que existia um esquema de lavagem de dinheiro para o pagamento de seus funcionários. Seu interrogatório fez parte do processo da operação Calicute, que investiga lavagem de dinheiro por meio de concessionárias de veículos.

Apesar das declarações do ex-governador, o Grupo Petrópolis nega que tenha recebido qualquer benefício fiscal. Por meio de sua assessoria, a empresa garantiu que sempre trabalhou de acordo com a legislação e que nunca precisou de subterfúgios para sua atuação no Estado.

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