RJ: Polícia conclui que não houve sabotagem na Cedae
Ministério Público decretou desconto de 25% na conta de água
Rafael Ramos - 11/03/2020 09h55
O inquérito aberto pela Polícia Civil para apurar o caso da Estação de Tratamento do Guandu concluiu que não houve sabotagem. Desde o início de janeiro, a estação é o epicentro da crise da água que atinge a cidade do Rio de Janeiro e alguns municípios da Baixada Fluminense.
A hipótese de sabotagem foi levantada pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Os investigadores ouviram diversos técnicos da companhia e até o ex-presidente da estatal, Hélio Cabral.
– Nós concluímos a investigação e não houve indiciamento porque não ficou caracterizado que tenha havido sabotagem (no caso da geosmina). No episódio do aparecimento do detergente, estivemos lá, foram feitas as coletas para análise e nada caracterizou sabotagem – disse o delegado-titular da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), Julio Filho.
O Ministério Público e a Defensoria Pública determinaram um desconto de 25% na conta da Cedae aos consumidores que receberam água contaminada pela geosmina. A companhia será obrigada a pagar uma multa diária de R$ 1 milhão caso descumpra a ordem.
Em visita ao Congresso Nacional, em Brasília, Witzel disse que vai recorrer da decisão que ele não considera razoável já que “apenas nove mil pessoas reclamaram”.
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