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RJ: PM repudia fala de Crivella sobre “o troco da cocaína”

Prefeito da cidade alegou que policiais sobem aos morros e se aliam com o tráfico

Camille Dornelles - 20/03/2019 09h46 | atualizado em 20/03/2019 11h07

Marcelo Crivella critica Rio de Janeiro e PMs a servidores Foto: Prefeitura do Rio de Janeiro

Nesta quarta-feira (20), o secretário de Estado de Polícia Militar, coronel Rogério Figueredo de Lacerda, repudiou um discurso do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, sobre a cidade.

– Lamentável e inacreditável que o prefeito do Município do Rio de Janeiro – uma cidade com problemas tão sérios a resolver – seja capaz de proferir declarações tão absurdas durante uma reunião pública. Desprovido de senso de justiça e conhecimento dos fatos, o senhor Marcelo Crivella ofendeu de forma cruel uma legião de 45 mil policiais militares – repudiou.

O coronel se referiu às alegações de Crivella sobre PMs subirem aos morros para receber “o troco da cocaína”.

– São homens e mulheres honrados que diariamente enfrentam a criminalidade para defender a sociedade. Muitos, como mostram as estatísticas, perderam suas vidas. A Polícia Militar tem por tradição o compromisso de combater de forma intransigente os desvios de conduta de alguns de seus membros que optam por se aliar ao crime. São exceções e não regra – continuou.

DISCURSO DE CRIVELLA
Segundo uma reportagem do jornal O Globo, Crivella se reportou a uma plateia de cerca de 80 servidores na Divisão de Hortos da Fundação Parques e Jardins, na Taquara. No evento, ele criticou as comunidades e afirmou que “os morros estão dominados por bandidos com fuzis”.

– É porque, quando o político rouba e fica rico, o comandante do batalhão também quer ficar rico. O coronel quer ficar rico. O tenente, o sargento, querem ficar ricos. Aí eles sobem o morro para pegar o arrego. O arrego é o troco da cocaína – declarou Crivella.

O prefeito também afirmou que a cidade é “uma esculhambação completa” por causa de corrupção e violência. Além disso e das críticas aos PMs, atacou o serviço do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), ao ponderar que há 1.500 escolas precisando de reforma.

– Isso é maluquice. Quanto custou aquela porcaria? Um bilhão – falou.

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