RJ: Operação mira organização que gerencia hospitais e UPAs
Organização Social Lagos teria desviado cerca de R$ 9 milhões dos cofres públicos
Paulo Moura - 25/06/2020 08h00
Uma operação iniciada na manhã desta quinta-feira (25), pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), tem como alvo operadores da Organização Social (OS) Lagos Rio, entidade que gerencia hospitais e Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) na rede estadual de saúde. De acordo com as investigações, os desvios podem chegar a R$ 9 milhões.
Por volta das 7h15, duas pessoas já haviam sido presas nas ações. São elas o ex-dirigente e atual fornecedor da OS, Sildney Costa, que foi detido em Vargem Grande, na Zona Oeste da capital, e o diretor-presidente do Instituto Lagos Rio, de acordo com site da OS, José Marcus Antunes Andrade, que foi preso em São Paulo.
José Marcus é cunhado do operador da OS, Juracy Batista, que mora em São Paulo, mas não foi localizado. Juracy está afastado do quadro social da OS desde 2012, mas, de acordo com as investigações, seguia atuando com influência no esquema de desvios. Segundo a esposa, Juracy estaria no Rio.
Além dos três, outro alvo da ação seria o filho do casal, Fábio Souza. Ao todo, a Justiça do RJ expediu sete mandados de prisão a serem cumpridos no Rio de Janeiro e em São Paulo e outros 14 de busca e apreensão.
Segundo a TV Globo, pelo menos R$ 9 milhões teriam sido desviados da Saúde do RJ em contratos com fornecedores. Entre 2012 e 2019, o Instituto Lagos Rio recebeu mais de R$ 650 milhões do governo do RJ.
Leia também1 Comissão da Alerj suspende prazo da defesa de Witzel
2 Investigado, ex-secretário de Witzel falta a depoimento
3 MP arquiva ação contra Neymar por homofobia
4 Credencial usada por Flordelis para visitar filho é cancelada
5 Irregularidades na Saúde do RJ podem chegar a R$ 1 bilhão