RJ: Delegados do Brasil prestam “irrestrito apoio” aos policiais
Entidade nacional afirmou que "não aceitará qualquer pré-condenação à legítima e necessária ação" da Polícia Civil do RJ
Paulo Moura - 09/05/2021 09h02
A operação da Polícia Civil que resultou em 28 mortos na favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, vem recebendo forte apoio da classe ao redor do Brasil. É o que indica uma nota emitida pela Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), que manifestou “pleno e irrestrito apoio” à incursão da última quinta-feira (6).
– Informamos que a Adepol do Brasil não aceitará qualquer pré-condenação à legítima e necessária ação empreendida pela gloriosa Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, sendo repugnante presenciar alarmas descontextualizados e pré-julgamentos com viés estigmatizante diante do resultado da operação – diz um trecho.
No texto, a associação afirma que eventuais excessos no uso da força letal policial devem ser apurados “sem vieses ideológicos ou sensacionalistas” e também lamenta a morte do inspetor de Polícia Civil, André Frias, com solidariedade aos familiares do agente.
– O uso progressivo da força se coaduna totalmente com o emprego de força letal nos casos de atentados à vida de policiais e de cidadãos, notadamente quando há utilização desenfreada de equipamentos de guerra por narcoterroristas que adotam táticas de guerra irregular – afirma o texto.
Leia a íntegra da nota da Adepol:
A ADEPOL DO BRASIL manifesta perante toda opinião pública nacional e internacional , bem como a todo país pleno e irrestrito apoio à operação desencadeada na data de ontem pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro na comunidade do Jacarezinho, a qual culminou com a morte de 25 criminosos ligados ao Comando Vermelho e apreensão de dezenas de armas de fogo de uso restrito que eram manejadas ilicitamente por tais delinquentes.
Com enorme tristeza, manifestamos nosso pesar pela covarde morte do Inspetor de Polícia Civil André Frias em sobredita operação, bem como solidariedade total a seus familiares e entes queridos
Informamos que a ADEPOL DO BRASIL não aceitará qualquer pré-condenação à legítima e necessária ação empreendida pela gloriosa Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, sendo repugnante presenciar alarmas descontextualizados e pré-julgamentos com viés estigmatizante diante do resultado da operação policial em comento.
Quaisquer excessos no uso da força letal policial devem ser apurados no âmbito da legalidade escrita , sem vieses ideológicos ou sensacionalistas, além de principalmente se considerar as circunstâncias que permeiam as confrontações armadas das forças policiais no Rio de Janeiro, infelizmente alvejadas constantemente por facções criminosas dotadas de armamento de infantaria de guerra e até antitanque, exatamente como pode-se atestar empiricamente ao longo de tantas apreensões de armas e munições usadas por organizações criminosas vinculadas ao narcotráfico.
O uso progressivo da força se coaduna totalmente com o emprego de força letal nos casos de atentados à vida de Policiais e de cidadãos, notadamente quando há utilização desenfreada de equipamentos de guerra por narcoterroristas que adotam táticas de guerra irregular , com consequências nefastas à sociedade carioca.
Portanto, ressaltamos que estaremos acompanhando os desdobramentos de tal cenário com atenção e em defesa primacial à dignidade dos milhares de integrantes heroicos da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
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