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RJ: Coletivo indígena incendeia estátua de Pedro Álvares Cabral

Grupo Urucumirim diz protestar contra a PL do Marco Temporal

Thamirys Andrade - 25/08/2021 15h02 | atualizado em 25/08/2021 15h21

fogo incêndio imagem ilustrativa
Ação ocorreu na madrugada na Praça Paris, na Glória [imagem ilustrativa] Foto: Pixabay
Um mês após ativistas incendiarem a estátua do bandeirante Borba Gato, em São Paulo, um coletivo indígena ateou fogo no monumento de Pedro Álvares Cabral, na Glória (RJ). A ação ocorreu na madrugada desta quarta-feira (25) e tem como objetivo “protestar” contra o Projeto de Lei (PL) do Marco Temporal, que será votado hoje pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O ato foi reivindicado pelos administradores da página Urucumirim, que entraram na Praça Paris por volta das 3 horas e rodearam a estátua com pneus em chamas. Eles também a picharam com a frase “Marco temporal é genocídio. PL 490 não”.

– Queimamos a estátua de Cabral para destruir tudo que ele simboliza ainda nos dias atuais, em protesto contra o Marco Temporal e o genocídio indígena continuado. Para lembrar que havia vida aqui antes de Cabral e para que esta vida continue existindo. Não pararemos de destruir seus símbolos para que um mundo novo possa nascer – escreveu o grupo em comunicado no Twitter.

postagem do grupo urucurumin
Postagem do grupo Urucumirim no Twitter Foto: Reprodução | Twitter

De acordo com informações do jornal O Globo, a Secretaria Municipal de Conservação do Rio registrou um boletim de ocorrência contra o vandalismo. A Gerência de Monumentos e Chafarizes, vinculada à Conservação, já iniciou os trabalhos de limpeza da peça e o processo de avaliação dos danos. Uma perícia será realizada no local, a pedido da delegada Aparecida Mallet, da 9ª DP (Catete), a fim de identificar os autores do incêndio.

O PL do Marco Temporal estipula que os índios só poderão reivindicar a demarcação de terras que foram ocupadas antes da promulgação da Constituição de 1988. A ação de reintegração de posse é movida pelo governo de Santa Catarina contra o povo Xokleng, mas também valerá para todas as tribos indígenas, pois o STF deu status de “repercussão geral” ao processo. Assim, a decisão tomada pela Corte nesta quarta-feira servirá como diretriz para demarcações em todo o país.

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