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RJ: Camelôs vendem certificados falsos de vacina por até R$ 200

Documento é vendido em diversos locais da cidade

Pierre Borges - 21/01/2022 16h26 | atualizado em 21/01/2022 17h21

Comprovante falso de vacina
Comprovante falso de vacina é feito segundo modelo da Prefeitura de Mesquita Foto: Reprodução/TV Globo/RJ1

Em meio às polêmicas envolvendo as vacinas contra a Covid-19 e à forte resistência de parte da população em se imunizar, camelôs do Rio de Janeiro têm vendido comprovantes de vacinação falsificados para burlar o passaporte sanitário, exigido para a realização de diversas atividades na cidade, como a entrada em restaurantes e eventos.

Uma reportagem do RJ1 flagrou vendedores oferecendo o papel usado como comprovante de vacinação pela Prefeitura de Mesquita, na Baixada Fluminense. O documento é vendido em branco para que o comprador preencha com os dados indicados pelo camelô.

As imagens mostram a venda do documento falsificado por R$ 200 reais, no Centro da cidade. Mas, após alguns minutos de negociação, ele aceita realizar a venda por R$ 110.

Também foram verificadas vendas ilegais ao lado do Bioparque, um zoológico na Quinta da Boa Vista, na Zona Norte do RJ. Neste caso, as vendas ocorrem próximas a agentes da Polícia Militar e da Guarda Municipal.

Após a reportagem, a Polícia Militar (PM) informou que quatro cambistas que vendiam ingressos para o AquaRio, no Centro do Rio, foram presos nesta sexta-feira (21). Eles estavam vendendo também comprovantes de vacinação. Segundo a corporação, a prática é cometida de forma velada e é encoberta, o que dificulta a identificação dos autores. A PM afirmou que mantém o patrulhamento nas áreas turísticas do Rio.

A Polícia Civil informou que a Delegacia do Consumidor tem investigações abertas sobre o assunto, e a Guarda Municipal disse que irá analisar as imagens da emissora para verificar a conduta dos agentes que estavam no local.

A Prefeitura de Mesquita disse ao jornal que desconhece e condena a prática de falsificação de documento de vacinação e que isso é um caso de polícia.

Já o Bioparque do Rio afirmou que segue o decreto da Prefeitura e permite o acesso dos visitantes mediante apresentação do comprovante de vacinação e de um documento com foto.

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