RJ: Bancada do PSL repudia restrições de Eduardo Paes
"O prefeito deveria estar mais preocupado em acabar com a aglomeração do BRT", critica deputado
Monique Mello - 06/03/2021 17h27
Líder da bancada do PSL na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (PSL), o deputado Charlles Batista apresentou moção de repúdio ao prefeito Eduardo Paes pelo decreto com medidas restritivas ao comércio e circulação de pessoas que começou a vigorar na cidade do Rio nesta sexta-feira (5).
Charlles afirma que por motivos “iminentemente políticos”, comerciantes e trabalhadores estão sendo penalizados. O deputado considera que apesar do momento difícil, o Rio de Janeiro tem apresentado dados satisfatórios no que se refere à contaminação e infecção do coronavírus, em comparação a outros estados.
– Essa pauta deve ser tratada com seriedade, como tem feito o governo federal. Impedir que comerciantes e trabalhadores exerçam seu ofício é propagar a fome, a destruição e a miséria na cidade do Rio de Janeiro, além de não ser a medida eficaz para o combate à covid-19. Qualquer trabalho que provêm o pão de cada dia é essencial – escreve Charlles Batista na moção de repúdio.
Já Anderson Moraes protocolou, nesta quinta-feira (04), projeto de lei para proibir o “toque de recolher” como medida de enfrentamento à pandemia. A proposta, que ainda será votada pela Alerj, estabelece que qualquer ato que imponha restrição de circulação de pessoas tenha respaldo de recomendação técnica da Anvisa.
– Não respeitar os direitos constitucionais é um absurdo. Uma coisa é reforçar o cuidados para evitar o contágio do vírus, outra é restringir o ir e vir do cidadão. O prefeito deveria estar mais preocupado em acabar com a aglomeração do BRT. Não podemos permitir que o estado adote medidas como esta, que também vão prejudicar ainda mais comerciantes – critica Moraes.
Através das redes sociais, outros deputados também se manifestam contra as proibições na cidade do Rio.
– É inadmissível cercear o direito de ir e vir dos cidadãos de bem, de trabalhadores e comerciantes. O lockdown mata muito mais que a pandemia. A fome e a falta de recursos geram consequências gravíssimas. Além disso, também comprovamos lá na primeira onda que há uma série de interesses pessoais de grupos criminosos para que se estabeleça o caos e os cofres públicos sejam saqueados. Nós acabamos de ver esse filme, as operações sequer terminaram, o chefe da quadrilha ainda nem está preso e já aceitaremos tudo de novo – alerta Filippe Poubel.
A deputada Alana Passos alerta para a importância de reforçar a rede de saúde, ao invés de privar a população de direitos.
– O que precisamos é voltar com os hospitais de campanha do município e do Estado. O povo precisa trabalhar, não aguenta mais ter que ficar trancado em casa! Sou totalmente contra o lockdown – diz a deputada.
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