RJ: Baía de Guanabara recebe 1 bilhão de litros de chorume
Prejuízo causado por essa poluição gira em torno dos R$ 50 bilhões
Rafael Ramos - 26/03/2019 11h47 | atualizado em 26/03/2019 12h12
O Movimento Baía Viva, que luta pela preservação da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, informou que um bilhão de litros de chorume são despejados anualmente nas águas da região. O líquido proveniente da decomposição de resíduos orgânicos afeta o trabalho dos pescadores e o prejuízo gira em torno de R$ 50 bilhões ao ano.
O ecologista e coordenador do Baía Viva, Sérgio Ricardo, disse que o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), não exigiu a implantação de estações de tratamento de chorume em lixões desativados, desde 2012. A mesma medida não foi exigida para os novos aterros sanitários da região metropolitana. Assim, todo chorume oriundo desses lugares vai direto para o meio ambiente.
– A cada momento que chove, isso transborda, invade os manguezais e o pescador se lasca. Quando o lixão de Gramacho foi desativado, em 2012, a licença deveria prever um cronograma para implantação da estação de tratamento de chorume. O tratamento não é você acumular chorume. Essas lagoas ou tanques de chorume são a comprovação de que há um volume muito grande. Então, não há vazão para tratar na estação – afirmou o ecologista.
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