Rio: Justiça manda interditar Sapucaí a 2 dias do carnaval
Perícia apontou risco no sambódromo
Gabriela Doria - 28/02/2019 18h04 | atualizado em 28/02/2019 18h34
Às vésperas do início dos desfiles no sambódromo, o Ministério Público do Rio de Janeiro ordenou a interdição da Marquês de Sapucaí. Para o evento acontecer, a promotoria solicitou que o Corpo de Bombeiros faça uma vistoria e emita um laudo técnico, dando assim uma “autorização especial” para a abertura do espaço.
A ação civil pública foi ajuizada na 1ª Vara de Fazenda Pública da Comarca da Capital.
Um corpo técnico de peritos do próprio Ministério Público foi designado “para verificar se o local reúne condições de segurança adequadas a receber um evento de tamanha magnitude”. Após inspeção, foi constatado que o local oferece risco à população.
Segundo os peritos, foram encontradas instalações elétricas com fios desencapados e embaralhados, disjuntores não identificados e outras estruturas que podem causar danos.
– Em verdade, o não atendimento às normas legais e normativas técnicas exigidas pelo Corpo de Bombeiros remonta à construção do Sambódromo e demonstra efetivo descaso do Poder Público municipal e da Liesa com a vida e segurança de todos aqueles que utilizam o local durante o período do carnaval – afirma o texto do MP.
Outra condição imposta pelos promotores é que a Justiça só libere o uso do sambódromo se os presidentes da Riotur (órgão municipal de turismo) e da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba) assinarem um Termo de Responsabilidade dentro de 24 horas. O documento estaria “assegurando que o local reúne condições de segurança suficientes à assegurar a vida e integridade física dos espectadores, jurados, trabalhadores e integrantes das escolas de samba”.
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