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Rio: Anestesista estuprador fez 90 cesáreas em quatro hospitais

Dado é apontado em documento enviado pela Secretaria estadual de Saúde à Defensoria Pública

Gabriel Mansur - 29/07/2022 18h53 | atualizado em 29/07/2022 20h07

Giovanni Quintella foi preso no dia 9 de julho Foto: Reprodução/TV Globo

Preso em flagrante por estuprar uma puérpera no início do mês, o anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, atuou em 90 cirurgias cesarianas em quatro hospitais geridos pelo governo do estado do Rio de Janeiro, entre maio de 2021 e julho de 2022. A informação consta em um ofício da Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio, emitido por meio da Subsecretaria de Atenção à Saúde, enviado para resposta a um questionamento da Defensoria Pública fluminense sobre o caso.

Desse recorte, “apenas” 29 cesáreas foram realizadas no Hospital Estadual Heloneida Studart, onde ele foi filmado pela equipe de enfermagem durante abuso sexual e acabou preso. O relatório aponta ainda que a maior parte dos procedimentos ocorreu no Hospital Estadual da Mãe, em Mesquita, também na Baixada Fluminense: foram 37 partos.

Já na cidade vizinha, em Duque de Caxias, ele realizou nove cesarianas no Hospital Municipal Adão Pereira Nunes. Os outros 15 procedimento ocorreram no Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.

O documento é assinado por Silvana V.P. O. Pereira, superintendente de unidades próprias e pré-hospitalares da SES. A resposta foi encaminhada à Defensoria Pública no último dia 25 de julho. Quem solicitou o número de cesarianas feitas pelo médico foram as defensoras públicas Thaisa Guerreiro de Souza, Alessandra Nascimento Rocha Glória e Elaine Arese Martinez Cal. A informação inicial foi divulgada pela CNN Brasil.

RELEMBRE O CASO
Giovanni está preso desde o dia 10 de julho. No dia 11, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva, durante audiência de custódia na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. Atualmente, o médico está detido na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, também conhecida como Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

No dia 19, o médico foi indiciado pela Polícia Civil por estupro de vulnerável, em caso conduzido pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti. O Ministério Público estadual aceitou o indiciamento e o denunciou à Justiça, que por sua vez o tornou réu. A decisão é do juiz Luís Gustavo Vasques, da 2ª Vara Criminal de São João de Meriti, do Tribunal de Justiça do Rio.

O médico também foi suspenso pelo Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), que abriu processo ético-disciplinar contra o anestesista. A SES informou, na ocasião, que abriu uma sindicância e notificou o Cremerj. A Secretaria informou ainda que a direção do Hospital da Mulher Heloneida Studart está prestando apoio à vítima e familiares.

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