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Rapaz perde testículo após erro médico e será indenizado

Para a Justiça, houve negligência por parte do hospital que atendeu o paciente

Thamirys Andrade - 21/07/2022 10h59 | atualizado em 21/07/2022 13h53

Sala de cirurgia [Imagem Ilustrativa] Foto: Pixabay
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) determinou, nesta terça-feira (19), que um hospital municipal de Coronel Freitas, no oeste de Santa Catarina, indenize um paciente em R$ 70 mil por negligência médica. O homem teve o testículo removido após um erro de diagnóstico, quando ele tinha 13 anos de idade.

O paciente chegou à unidade de saúde em setembro de 2009, mas a equipe que o atendeu não diagnosticou que ele sofria de torção no testículo esquerdo e o liberou após lhe dar remédios para aliviar as dores. Somente após 48 horas o problema foi descoberto em outro posto de saúde. Entretanto, como o diagnóstico foi feito tardiamente, já não havia meios de manter o órgão. O paciente foi então encaminhado ao Hospital Regional do Oeste, em Chapecó, para a remoção do testículo.

Em depoimento, a médica acusada contou que o rapaz chegou ao hospital relatando vômito e fortes dores abdominais e que foi liberado porque as dores se normalizaram após o uso de medicamentos.

Contudo, a segunda profissional de saúde que atendeu o paciente afirmou que o estado de torção do testículo era evidente devido ao inchaço na região e relatou que o rapaz sabia dizer claramente qual o local da dor. Ela confirmou o diagnóstico por meio de exame de ultrassom.

Na avaliação do juiz Claudio Rego Pantoja, houve negligência médica e” ausência de adoção dos procedimentos médicos recomendados para evitar a extração do testículo do autor”.

– Houve manifesta agressão aos direitos fundamentais inerentes à personalidade, pois o jovem autor perdeu parte de seu órgão reprodutor (testículo do lado esquerdo), com consequências fisiológicas, além da própria mutilação, que podem se estender a outros eventos como causação da infertilidade, o que certamente é capaz de causar constrangimento pessoal permanente (sequela permanente) – ponderou o magistrado em sua decisão.

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