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Queiroga critica Doria após fala sobre quarta dose de vacina

Ministro da Saúde afirmou que muitas vezes há interferência "no processo decisório a respeito da imunização"

Pleno.News - 09/02/2022 18h07 | atualizado em 10/02/2022 13h37

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga Foto: MS/Walterson Rosa

Após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), dizer que seu estado vai adotar a quarta dose da vacina contra a Covid-19, “independentemente de haver ou não recomendação do Ministério da Saúde”, Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, rebateu o tucano e disse que a prioridade é a aplicação da terceira dose de reforço.

– Não conversei com o governador sobre isso. O governador de São Paulo e outros chefes de Executivo, seja de estado ou de município, muitas vezes interferem no processo decisório a respeito da imunização – afirmou.

Queiroga deu a declaração nesta quarta-feira (9), após sair de uma reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no Congresso.

O ministro da Saúde disse que a quarta dose da vacina está em discussão no Ministério da Saúde, mas que é preciso ter “base técnica” e “evidências científicas” para liberar a aplicação.

– Agora, quer saber qual é a prioridade? Eu já falei isso: avançar na dose de reforço, a terceira dose. Essa é a prioridade. Então, se avançar na terceira dose, nós vamos ter mais preparo para enfrentar a variante Ômicron e outras variantes que podem surgir desse vírus que sofre mutações – declarou.

Queiroga também defendeu que as decisões sobre a vacinação sejam discutidas no âmbito do Ministério da Saúde.

– Se cada um quiser seguir de uma forma, o que vai acontecer? Quem é que tem a responsabilidade de garantir as doses? Há uma logística de distribuição das doses – criticou o ministro.

Em entrevista à Rádio Eldorado nesta quarta-feira (9), Doria indicou que prevê administrar a quarta dose da vacina contra Covid-19 em toda a população do estado.

– Vamos adotar em São Paulo a quarta dose, independentemente de haver ou não recomendação do Ministério da Saúde – disse o tucano.

Atualmente, essa aplicação é destinada apenas a imunossuprimidos, que, em geral, correm mais risco de ver a doença evoluir para quadros graves.

Durante uma coletiva de imprensa, Doria explicou que a aplicação da quarta dose não acontecerá de forma imediata. De acordo com o governador, São Paulo tomará uma decisão “no momento certo”.

O governador e o ministro já haviam protagonizado anteriormente um embate em torno da vacinação contra a covid-19. Em 14 de janeiro, no dia em que o governo de São Paulo realizou cerimônia de início da vacinação infantil contra Covid-19 no estado, Queiroga usou as redes sociais para acusar Doria, escolhido como pré-candidato do PSDB à Presidência, de fazer “palanque” com os imunizantes.

– O político João Doria subestima a população. Está com as vacinas do governo federal e do povo brasileiro em mãos fazendo palanque. Acha que isso vai tirá-lo dos 3% – escreveu Queiroga no Twitter, numa referência ao percentual de intenções de voto de Doria em algumas pesquisas eleitorais.

E completou:

– Desista! Seu marketing não vai mudar a face da sua gestão. Os paulistas merecem alguém melhor – acrescentou o ministro, que também é cotado para disputar cargo público nas eleições deste ano pela Paraíba.

*AE

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