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Protesto de caminhoneiros provoca falta de alimentos

Bloqueio nas estradas acontece desde a segunda-feira e também afeta a distribuição de combustíveis no país

Henrique Gimenes - 23/05/2018 18h31 | atualizado em 23/05/2018 19h03

Caminhoneiros protestam contra elevação no preço do diesel na rodovia BR-040, em Duque de Caxias Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

Com o bloqueio das estradas pelos caminhoneiros contra o aumento do preço do diesel, que acontece desde a segunda-feira (21), os estados do país já estão enfrentando diversas consequências. No Rio de Janeiro, por exemplo, já faltam alimentos em supermercados. Os aeroportos também enfrentam a falta de combustíveis.

A falta de abastecimento fez com que acabassem os estoques de legumes no Rio de Janeiro. Entre eles estão a batata-doce, cenoura e inhame. Alguns mercados também não receberam verduras. A tendência é de piorar, caso sejam mantidos os bloqueios.

Os preços dos produtos alimentícios ainda devem subir. O centro de distribuição de alimentos do Rio de Janeiro, Ceasa, vendeu o saco de 50 kg da batata inglesa por R$ 74 na última semana. Nesta quarta, o mesmo saco chegou a custar R$ 500.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), informou também que o bloqueio já impacta na produção de carne suína e de aves. A operação foi suspensa em 78 frigoríficos.

A Infraero também informou que os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, o de Palmas, no Tocantins, o de Recife, em Pernambuco), o de Maceió, em Alagoas e o de Aracaju, no Sergipe, possuem estoque de combustível somente para esta quarta. Já outros aeroportos possuem o suficiente somente para esta quinta-feira (24).

Em alguns lugares, como no Recife, a gasolina chegou a ser vendida por mais de R$ 8. Os Correios também informaram que a entrega das encomendas sofreria atrasos devido à greve dos caminhoneiros.

O governo segue tentando tomar um atitude para resolver a situação. Nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, informou que a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre o diesel seria zerada. O tributo corresponde a R$ 0,05 por litro do combustível.

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) disse irá manter a liberação do transporte de remédios, carga viva e de produtos perecíveis somente até esta sexta-feira (23). Caso não consiga um acordo com o governo, a entidade informou que pretende realizar uma paralisação total.

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