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Pronto-socorro usa caixa de papelão para atender bebê

Unidade não tinha uma UTI neonatal e teve que improvisar para ajudar a menina de 2 meses

Ana Luiza Menezes - 29/06/2018 15h40 | atualizado em 29/06/2018 16h23

Pronto-socorro improvisa UTI com caixa de papelão para bebê Foto: Ariany Duarte/Arquivo pessoal

Em Santa Bárbara d’Oeste, interior de São Paulo, um pronto-socorro precisou improvisar uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) com caixa de papelão para atender uma bebê de 2 meses que estava mal de saúde. Segundo a mãe da criança, Ariany Duarte da Fonseca, de 26 anos, o caso aconteceu na manhã de quarta-feira (27).

O pronto-socorro para onde a bebê foi levada não tinha UTI Neonatal, e com o quadro de saúde da menina, a equipe de enfermagem resolveu fazer o atendimento emergencial improvisando a tenda usada na UTI para oxigenação.

A bebê se chama Alice Emanuele e foi levada ao Pronto-Socorro Afonso Ramos para fazer inalação por recomendação médica.

– Aí a enfermeira viu que ela estava forçando muito para respirar e que os sinais vitais dela estavam baixos – relatou a mãe.

A foto da menina na caixa de papelão foi postada por uma prima, gerando revolta e protestos nas redes sociais.

A Secretaria de Saúde da cidade se defendeu, afirmando que na falta de uma UTI a tática da equipe médica salvou a vida da pequena Alice.

A família reconheceu o esforço da equipe e agradeceu o atendimento prestado com o que havia disponível no pronto-socorro.

– Como não tinha lá [a tenda]. , precisava colocar o dreno. O dreno tinha, mas só de adulto. Eles tentaram cortar e colocar, só que ela estava muito agitada e batia, e ficava saindo. Aí improvisaram tipo uma tenda, que é a caixinha, colocaram a mangueira do oxigênio dentro para ela ficar ali um pouco, para ela ficar mais calma e ser transportada – contou Ariany.

A bebê ficou na caixa por meia hora até que conseguiu uma vaga na UTI pediátrica do Hospital Estadual de Sumaré, em São Paulo. Ela foi transferida e permanece no hospital sob observação. A equipe levará mais alguns dias para saber se houve melhora no sistema respiratório de Alice e, assim, emitir uma posição sobre seu estado de saúde.

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