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Professores universitários são sequestrados dentro da UFRJ

Eles foram abordados dentro do campus da Ilha do Fundão

Camille Dornelles - 21/05/2018 10h03 | atualizado em 21/05/2018 10h08

O casal foi abordado dentro do campus da Ilha do Fundão da UFRJ Foto: Wikimedia

Um casal de professores da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi sequestrado dentro do próprio campus da instituição na sexta-feira (18). Patrícia Zancan e Mauro Sola-Penna estavam chegando ao trabalho pela manhã, na Ilha do Fundão, na Zona Norte da capital, quando foram abordados por três criminosos.

A Polícia Civil do Rio informou, nesta segunda (21), que o caso vai ser encaminhado para a delegacia da Ilha do Governador e que os agentes irão iniciar a procura pelos criminosos.

O casal foi obrigado a entregar todos os dados bancários, carro, computadores, celulares, documentos e demais pertences. Eles foram mantidos reféns por onze horas e liberados de noite na região de Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

Após a liberação, Patrícia fez um relato em sua rede social. Ela afirmou que a maior preocupação dos dois era não saber o que teria ocorrido com seus dois filhos.

– A perversidade da ação foi tal que fomos mantidos reféns por 9h (nove horas!) encapuzados, no banco traseiro de um carro com uma arma apontada para nós. Nosso filho saiu da escola às 18h, quatro horas de espera por alguém ir buscá-lo. Fomos libertados às 22h em Belford Roxo sem dinheiro ou celular. Nesse tempo, não tínhamos ideia do que teria sido feito de nosso filho. Por sorte, conseguimos a ajuda de alguém que nos emprestou o celular para saber o paradeiro do Luigi – descreveu.

Em seu relato, a professora ainda se mostrou indignada com a situação da violência dentro do campus universitário.

– O que está acontecendo? Todos sabemos que estes assaltos no Fundão são diários. Cadê a ação da Reitoria? Da Prefeitura Universidade? Cadê a gestão e atenção com os funcionários desta casa que tanto se esforçam para fazer da UFRJ uma universidade de excelência? Quantos mais terão que passar por esse trauma desumano? Ouvir dos bandidos que nossa patrulha de vigilância é inútil e que mais duas “equipes” estavam no Fundão para fazer a mesma abordagem em outras vítimas é vergonhoso! E assustador! – desabafou.

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