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Professor humilha aluno por se opor a discurso de esquerda

Áudio da discussão está circulando nas redes sociais

Monique Mello - 05/04/2022 18h17 | atualizado em 06/04/2022 09h59

Avenues é uma escola de elite que chegou em São Paulo em 2018 Foto: Divulgação/Avenues

Um áudio que mostra a discussão entre um professor e um aluno em uma escola de elite de São Paulo está repercutindo nas redes sociais. Durante uma palestra da indígena Sônia Guajajara, na Escola Avenues, um estudante se opôs às críticas feitas pela indígena ao agronegócio brasileiro e ao governo federal.

– Eu acho que você se equivocou porque democracia é um modelo de governo, você tirar o que é de alguém não é modelo de governo, me desculpa te falar isso, isso é roubo de propriedade privada e acho que futuramente, talvez, se você concordar você poderia melhorar isso na próxima – rebateu o aluno.

O professor Messias Basques, por sua vez, deu a famosa “carteirada” para argumentar com o jovem.

– Então, a minha recomendação é a seguinte: me respeite, porque sou doutor em Antropologia. Não tenho opinião, sou especialista por Harvard. Eu não tenho opinião, isso é ciência. No dia em que você quiser discutir com a gente, traga seu diploma e sua opinião, fundamentada em ciência. Aí você discute com um especialista em Harvard, com doutor em Antropologia no Museu Nacional e uma mulher que é premiada no Brasil e no mundo não porque tem opinião, é porque tem gabarito, meritocracia que acho que você tanto defende – afirmou o professor, sendo aplaudido.

 

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De acordo com a Revista Oeste, o aluno manifestou seu descontentamento por meio de carta.

– Falar do agronegócio de maneira tão pejorativa, para uma audiência de 300 pessoas, deixou-me extremamente ofendido. Os pais dos meus amigos trabalham no agronegócio, minha família vem da agropecuária – relatou.

Messias Basques é graduado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

A postura do professor poderá ser alvo de investigação, visto que o artigo 232 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) penaliza quem “submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou constrangimento”. A pena é de seis meses a dois anos de prisão.

O Movimento Escolas Abertas repudiou a atitude do docente em relação ao aluno.

– Tomamos conhecimento de um caso ocorrido em uma escola particular de São Paulo, em que um adolescente, ao tentar expressar suas ideias, foi ridicularizado por um professor – escreveu o grupo, em publicação no Instagram.

Os pais de alguns alunos exigem a imediata demissão do professor e uma retratação da Escola Avenues, cuja mensalidade é a partir de R$ 10 mil. A instituição de ensino ainda não se pronunciou, tendo apenas bloqueado os comentários no perfil oficial no Instagram.

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