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Procurador de Minas chama salário de R$ 24 mil de ‘miserê’

Leonardo Azeredo afirmou que está fazendo cortes para equilibrar as contas

Paulo Moura - 10/09/2019 10h56 | atualizado em 10/09/2019 11h56

Procurador de Minas Gerais reclamou do valor do salário Foto: Reprodução/Record TV

O procurador de Justiça de Minas Gerais, Leonardo Azeredo dos Santos, reclamou da baixa remuneração da categoria no Estado, em uma reunião da Câmara de Procuradores, na sede do órgão em Belo Horizonte, no mês passado, para debater o orçamento do Ministério Público mineiro para o próximo ano.

– Os procuradores têm um salário relativamente baixo, sobretudo para quem tem filhos. Como o cara vai viver com 24 mil reais? – afirmou Azeredo durante a reunião pública.

A reunião teve o áudio gravado e disponibilizado no site do MP (ouça acima). Ela aconteceu no dia 12 de agosto, e foi presidida pelo procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Antônio Sérgio Tonet. Em sua fala, Azeredo diz estar baixando seu estilo de vida para sobreviver.

– Eu já estou baixando meu padrão de vida bruscamente. Mas vou sobreviver. Eu, infelizmente, não tenho origem humilde. Eu ao longo da carreira, quis ter mais condição. Não sou acostumado com tanta limitação – disse Azeredo.

Em outro trecho, o procurador chegou até a dizer a economia que tem feito na fatura do cartão de crédito por mês.

– Eu estou fazendo minha parte. Eu já estou deixando de pagar R$ 20 mil no meu cartão de crédito para poder pagar R$ 8 mil. Quero saber se nós, no ano que vem, vamos continuar nessa situação, se vamos ficar nesse ‘miserê’? – questionou o procurador.

Procurada, a assessoria de imprensa do MP mineiro classificou a fala do procurador como uma manifestação de cunho pessoal e que não há nenhum projeto em andamento sobre a adoção de benefícios pecuniários para a carreira de membros ou de servidores, em vista da grave crise financeira vivenciada pelo estado (Minas Gerais). A assessoria informou também que o órgão vem tomando medidas de austeridade para aumentar a eficiência administrativa e reduzir os gastos, principalmente com pessoal. O procurador não se pronunciou sobre a fala.

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