Paulo Moura - 10/04/2023 15h23 | atualizado em 10/04/2023 15h50

O contrato para a apresentação de Pabllo Vittar no carnaval do Recife em 2023 custou R$ 420 mil aos cofres da Prefeitura do Recife. A informação foi publicada pelo colunista Jamildo Melo, do Jornal do Commercio, nesta segunda-feira (10). Os detalhes do contrato, no entanto, ainda não foram divulgados no Portal da Transparência, apesar de decorridos quase dois meses da festa.

A apresentação de Vittar no carnaval recifense ocorreu no dia 18 de fevereiro. Oficialmente, o valor foi repassado por intermédio de uma empresa privada que adquiriu uma cota de patrocínio do evento com a Prefeitura. Entretanto, na prática, segundo uma fonte do colunista, os patrocínios privados não foram suficientes e a gestão municipal usou recursos públicos para financiar o carnaval.

De acordo com Jamildo Melo, mesmo com o cachê sendo formalmente pago por meio de uma empresa privada, o contrato de Vittar levou a assinatura tanto de José Ricardo de Rodrigues Mello Filho, secretário de Cultura da capital pernambucana, quanto de Marcelo Canuto Mendes, presidente da estatal Fundação de Cultura do Recife.

O show, segundo o colunista, ficou orçado em R$ 420 mil. A quantia em questão, segundo o contrato, já incluiria “os custos de produção da contratada”, referentes ao cachê artístico, que seria pago em parcela única até o dia 17 de março de 2023. O cachê de Vittar, inclusive, foi pago até antes do prazo, no dia 16 de março.

Essa postura da administração recifense diante do contrato, inclusive, teria sido bem diferente da forma como outros representantes da classe artística são tratados a respeito do mesmo assunto. Segundo o colunista, artistas relataram que as gestões do PSB na Prefeitura levavam até seis meses para pagar cachês.

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