Camille Dornelles - 03/09/2019 12h57 | atualizado em 03/09/2019 14h55

A Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de Fortaleza se manifestou nesta segunda-feira (2), após uma acusação feita pela jornalista Regina Villela em seu canal do YouTube. O órgão declarou que o documento apresentado como uma cartilha de um curso pedagógico é falso.

Uma nota da prefeitura repudiou a suposta denúncia feita. Uma queixa-crime também foi aberta pela SME contra a jornalista.

– Não há produção e distribuição de qualquer material pedagógico sobre sexualidade infantil para as unidades de educação infantil e o tema também não faz parte das diretrizes curriculares da educação infantil do município. Reafirmamos total repúdio à abominável prática de notícias falsas que tentam manchar ou comprometer a crescente reputação nacional da educação infantil em Fortaleza – declara o comunicado.

Villela se manifestou após a nota da prefeitura, afirmando que há motivos por trás do repúdio.

– Deputados estaduais do Ceará passaram a manhã discutindo a denúncia sobre o material. Como a maioria pertence ao curral do PDT/PT, é tudo fake; o prefeito não sabia de nada; O material não é da prefeitura; e jamais foi apresentado aos professores. Eu digo: mentira! Em nenhum momento acusei os professores de cometerem crimes contra a infância de Fortaleza, apenas divulguei material que traz informações equivocadas para o treinamento desses profissionais. Se não há nada errado por que a prefeitura nega a existência do material e do curso? – disse no Twitter.

Ela chegou a afirmar que está com medo.

– Temo pela minha vida. As denúncias que fiz sã graves e esse pessoal não gosta de ser confrontado. Mas eu ando com Deus – afirmou.

O CASO
Villela apontou um escândalo envolvendo a formação de profissionais de creche da cidade de Fortaleza. De acordo com um vídeo publicado em seu canal no YouTube, a Secretaria Municipal de Educação da prefeitura fez um curso de formação de coordenadores pedagógicos no qual se defendeu o incentivo à sexualidade infantil, inclusive masturbação.

O material apresentava trechos de textos sobre a ausência de pudor dentro das famílias dos séculos XV e XVI e uma charge ridicularizando a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.

O vídeo também mostra trechos do material que teria sido divulgado no curso. A jornalista não apontou quando foi que o curso ocorreu.