Pr. Anderson dispensou carro blindado no dia do crime
Pr. Anderson dispensou carro blindado no dia do crime
Essa foi mais uma das revelações do caso que surgiram nos depoimentos à polícia
Rafael Ramos - 24/08/2019 10h44 | atualizado em 24/08/2019 12h21
Uma nova informação surgiu sobre o assassinato do pastor Anderson do Carmo. Em seu depoimento, Daniel dos Santos de Souza revelou que, no dia do crime, o pai dispensou o carro blindado e saiu com um veículo sem proteção.
O jovem contou à polícia que recebeu uma ligação de Anderson, por volta das 23h, para que ele voltasse para casa e trocasse de carro com ele. Por volta da meia-noite, Anderson chegou em casa e trocou de veículo para sair com Flordelis
De acordo com Daniel, era comum o pai pedir para usar outros carros da família, mas nunca naquele horário. Ele recorda que Flávio frisou que a mãe sempre andava no veículo blindado. A revelação foi feita no balcão de atendimento da unidade de saúde para onde Anderson foi levado.
Apontado como filho biológico do casal, a sogra de Flordelis, Maria Edna do Carmo, afirmou em depoimento que Daniel é adotado. Edna disse que Anderson nunca teve nenhum filho biológico, mas Daniel era considerado o seu xodó. Antes de se relacionar com Anderson, Flordelis já possuía três filhos biológicos – Simone, Adriano e Flávio.
O pastor estimulava o jovem a seguir carreira na música. Daniel, que é tecladista, começou a tocar na banda do Ministério Flordelis aos 8 anos de idade. Após a morte de Anderson, o rapaz se afastou, assim como outros músicos.
O CASO
O pastor Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada do dia 16 de junho, na garagem de casa, em Pendotiba, Niterói (RJ). O laudo mostrou 30 perfurações pelo corpo, a maior parte nas costas, peito e região da virilha. Anderson era casado há 25 anos com Flordelis, pastora e deputada federal pelo Rio de Janeiro. Sempre ao lado da esposa, ele atuava como secretário-geral do PSD no Estado.
Dois filhos da pastora estão presos preventivamente, Lucas dos Santos, de 18 anos, e Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos. O mais velho assumiu ter efetuado seis tiros. Lucas teria ajudado comprando a arma, mas não estaria em casa no momento dos disparos. Os agentes ainda estão investigando os pontos contraditórios.
Um terceiro filho teria afirmado, em depoimento, que não ouviu discussão, barulho de carro ou moto em fuga. Que quando chegou na cena do crime encontrou o irmão Flávio próximo ao pai, caído. Ele garantiu ainda que o celular de Anderson, que está sumido, foi entregue a Flordelis.
Ainda em depoimento, o filho disse que o pastor já recebeu uma mensagem com ameaça de morte e uma das irmãs ofereceu R$ 10 mil a Lucas para que cometesse o crime. Flordelis e três filhas já teriam colocado remédios na comida de Anderson, por isso, sua saúde estava debilitada.
Se você encontrou erro neste texto, por favor preencha os campos abaixo. Sua mensagem e o link da página serão enviados automaticamente à redação do Pleno.News, que checará a informação.