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Mudanças na região são visíveis, mas ainda há muito o que ser feito no local

Gabriel Gontijo - 19/03/2018 11h37 | atualizado em 19/03/2018 11h39

Museu do Amanhã foi uma das mudanças na região portuária do Rio Foto: Pixabay

Desde que a cidade do Rio de Janeiro sediou as Olimpíadas de 2016, muitas foram as transformações no município, principalmente na Zona Portuária. A região atraiu muitos investidores, que aproveitaram o momento para construir grandes empreendimentos na região.

Opções de lazer e cultura foram inauguradas como Boulevard Olímpico, Museu de Arte do Rio, Museu do Amanhã, o Aqua Rio e a redescoberta do Cais do Valongo, que em julho de 2017 foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Além disso, foram entregues novos sistemas de transporte para a região como o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e o teleférico que liga o Morro da Providência à Central do Brasil.

Apesar das mudanças, nem tudo foi positivo para os bairros que formam a Zona Portuária, principalmente no que tange à ocupação de imóveis. A região hoje é a que mais tem prédios desocupados na cidade: 81,5% dos imóveis corporativos de alto padrão estão vagos, segundo levantamento da consultoria imobiliária internacional New Mark, realizado em 2017.

Se para as empresas, o panorama quase não mudou, para quem investiu na área residencial foi pior. O Porto Vida, único empreendimento feito pela iniciativa privada voltado para a construção de moradias, não passa de um prédio inacabado e abandonado.

A aposentada Marlene Meirelles é moradora da Gamboa, um dos bairros da região, há oito anos. Ela falou ao Pleno.News e reconheceu que houve mudanças positivas, mas alegou que o interior de muitos bairros foi esquecido.

– Tiveram mudanças muito boas, como o VLT e a revitalização da Praça Mauá. Mas no interior de alguns bairros tem muito abandono ainda. Muitas casas foram invadidas por moradores de rua. A gente encontra muita sujeira e buracos nas calçadas.

Outro item citado por dona Marlene como descaso do poder público foi o abandono do teleférico do Morro da Providência. Na opinião dela, o fechamento do transporte, em dezembro de 2016, dificultou quem mais precisa se locomover para a região da Central.

– O teleférico da Providência era uma maravilha, um bem enorme. Mas depois que fechou, dificultou demais a vida dos moradores. Agora temos que atravessar o túnel (João Ricardo) que quase não tem iluminação. Antes a gente podia passar de um lado para o outro e nem precisava pagar a passagem.

Procurada pelo Pleno.News, a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), responsável pelo transporte, informou que “o contrato para operação do Teleférico da Providência acabou em dezembro de 2016. O termo de referência para novo contrato está pronto e aguarda orçamento para publicar o edital de licitação” – falou a Cdurp através de e-mail.

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