Porteiro pode ter acusado Bolsonaro para proteger Lessa
Funcionário mora na região de presença de milicianos
Camille Dornelles - 08/11/2019 10h47 | atualizado em 08/11/2019 10h54
O porteiro Alberto Jorge Ferreira Mateus, funcionário do Vivendas da Barra e pivô de polêmica no caso Marielle, é suspeito de mentir para proteger milicianos. O ex-policial Ronnie Lessa, preso pelo crime, é apontado como integrante de grupo de milicianos de Gardênia Azul, no Rio de Janeiro.
O bairro é o mesmo em que mora o porteiro. Ele deu um depoimento apontando envolvimento do presidente Jair Bolsonaro no assassinato da vereadora Marielle Franco. Segundo seu relato, divulgado pela Rede Globo, o presidente foi quem liberou a entrada de Élcio Queiroz no condomínio.
Após a confusão criada pelo depoimento, o funcionário foi procurado por outros portais e revistas e se negou a falar. Ele se ateve a dizer, ao Metrópoles, que “não está podendo falar nada”. A suspeita levantada é de que o porteiro tenha mentido para acobertar os criminosos.
Ronnie Lessa e Élcio Queiroz haviam negado envolvimento no crime e também afirmaram à polícia que não se encontraram antes da morte da vereadora.
Leia também1 PF irá investigar porteiro que citou Jair Bolsonaro
2 Bolsonaro não obstruiu a Justiça segundo especialistas
3 Caso Marielle: PT aciona STF e acusa Bolsonaro de obstrução