Policiais que resgataram bebê indígena são homenageados
Criança foi enterrada viva. Caso aconteceu no Mato Grosso
Jade Nunes - 08/06/2018 11h50 | atualizado em 08/06/2018 14h27
Os cinco policiais militares que resgataram a bebê indígena da etnia Kamayurá, que foi enterrada viva, foram homenageados no Palácio Paiaguás, sede do governo de Mato Grosso, e recebidos pelo governador Pedro Taques (PSDB).
O major João Paulo Bezerra do Nascimento, os sargentos Edson Fernando Poll e Adenilto Santos Oliveira e os soldados Jabes Raoni Sturm Aroca e Henrique Galvão Ataídes, receberam uma menção honrosa.
De acordo com o governo, a honraria irá constar na ficha funcional dos servidores e pode influenciar na progressão de carreira.
Além dos PMs, os policiais civis Dicson Danillo Souza Moura e Patrícia Gouveia Franco, que participaram do resgate da criança, também ganharam homenagens.
Os agentes acreditam que a bebê sobreviveu graças a um milagre, já que passou seis horas enterrada, sem oxigênio.
O CASO
A bebê indígena recém-nascida foi enterrada viva e resgatada nesta terça-feira (5). A polícia afirma que a criança ficou cerca de seis horas em uma cova com 50 centímetros de profundidade. Ela foi encaminhada para o Hospital Regional de Água Boa.
A bisavó da bebê, Kutz Amin, de 57 anos, disse que a menina não chorou após o parto e, por conta disso, ela pensou que estivesse morta, de acordo com o portal G1. Seguindo os costumes da comunidade indígena, a mulher enterrou o corpo no quintal e não comunicou as autoridades. Uma denúncia anônima permitiu que a polícia encontrasse a menina.
Segundo a representante da ONG ATINI, Damares Alves, a mãe da criança é de uma etnia do Parque Nacional do Xingu onde não se permite mães solteiras. Damares explicou ainda que as mães sofrem ao enterrar as crianças, mas respeitam o costume.
Veja o vídeo do resgate (IMAGENS FORTES):
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