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Polícia resgata bebê abandonado em boca de fumo como ‘garantia’

A mãe da criança ainda não foi localizada

Pierre Borges - 09/06/2021 17h52 | atualizado em 09/06/2021 18h05

Polícia Militar resgata bebê em boca de fumo
O bebê foi levado ao Lar de Apoio à Criança (LAC) de Pontes e Lacerda. Foto: Divulgação/PM/MT

Nesta terça-feira (8), a Polícia Militar do Mato Grosso resgatou um bebê de dois meses em uma boca de fumo em Pontes e Lacerda, a 487 km de Cuiabá. Ele teria sido deixado no local pela mãe, de 28 anos, como uma “garantia” de que ela retornaria para buscá-lo e pagar sua dívida com os traficantes.

Uma denúncia foi feita ao Conselho Tutelar que, com o apoio da polícia, fez o resgate do bebê. A mãe da criança, no entanto, ainda não foi localizada.

Segundo a polícia, quando chegaram à casa em que funcionava a boca de fumo, no bairro Residencial Vera, os agentes da lei encontraram a criança na companhia de duas mulheres, que contaram a versão de que a mãe do bebê teria pedido que elas cuidassem dele. Tanto elas quanto a mãe da criança possuem histórico de tráfico de drogas.

– Nessa situação repugnante, a mãe de um bebê o entregou em uma boca de fumo como garantia que retornaria para pagar [a dívida]. A criança foi, de certa forma, um pagamento pela droga adquirida. Nas investigações, vamos apurar a conduta da mãe e das pessoas que receberam o bebê como pagamento – disse ao G1 a delegada Bruna Caroline Laet.

O bebê foi levado para o Lar de Apoio à Criança (LAC) de Pontes e Lacerda. Contudo, a mãe da criança já havia perdido a guarda do filho temporariamente no dia anterior, após decisão do juiz Cláudio Deodato Rodrigues Pereira, da 2ª Vara. Na ocasião, a denúncia foi feita pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPE-MT), que já tinha conhecimento de que a mulher estava frequentando bocas de fumo com o filho recém-nascido.

De acordo com o G1, a mulher é usuária de drogas há 10 anos e teve 5 filhos dos quais, até então, o bebê era o único que não havia sido tirado de seu convívio. O primeiro filho dela morreu aos 2 anos. Já o segundo e o terceiro estão sob a guarda de pessoas de fora de sua família. Por fim, o quarto filho está em um abrigo.

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