Leia também:
X Juiz diz que vídeo de audiência foi manipulado pelo Intercept

Fiscal do Carrefour envolvida na morte de João Alberto é presa

Funcionária teria tentado impedir gravação das agressões contra o homem

Pleno.News - 24/11/2020 17h50 | atualizado em 25/11/2020 08h10

Homem é espancado e morto por segurança e PM em Carrefour de Porto Alegre Foto: Reprodução

A Polícia Civil prendeu, na tarde desta terça-feira (24), a fiscal do Carrefour, Adriana Alves, por envolvimento na morte de João Alberto Silveira de Freitas, ocorrida na noite da última quinta-feira (19) nas dependências do supermercado. Com mandado de prisão expedido pela Justiça, ela se apresentou ao Palácio da Polícia na companhia de seu advogado. Durante as agressões, a fiscal ameaçou uma testemunha que gravou o espancamento.

No vídeo, a funcionária de camisa branca, calça preta e crachá pede para a testemunha interromper a gravação. “Não faz isso, não faz isso senão vou te queimar na loja”, disse. Em nota, o Carrefour confirmou que ela foi afastada do cargo.

– Está presa temporariamente pelo prazo de 30 dias para que possa esclarecer todas as circunstâncias – confirmou a delegada responsável pelo caso Roberta Bertoldo.

A delegada Roberta afirmou que Adriana tinha autonomia sobre os seguranças para impedir as agressões.

– O Departamento de Homicídios entende, a partir das imagens que foram captadas e dos testemunhos colhidos, que Adriana tinha sim o poder, naquele momento, de cessar as agressões, a partir do fato de ser ali superior imediata dos indivíduos que exerciam a segurança – explicou a delegada.

Além dela, já foram presos os dois seguranças Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges, que foram flagrados espancado Freitas até a morte. A Justiça decretou a prisão preventiva dos dois. A Polícia Civil já tinha adiantado que outras pessoas, flagradas na cena do crime, estavam sendo investigadas para apurar se houve omissão de socorro.

– Estamos tentando identificar a conduta de cada um deles para ver se houve conduta omissiva. Além disso, buscamos elucidar a motivação do crime e estabelecer uma dinâmica dos fatos – afirmou a chefe da Polícia Civil, delegada Nadine Anflor.

Na sexta-feira (27), vence o prazo de dez dias para conclusão do inquérito. A Polícia Civil pode pedir prorrogação por mais 15 dias para concluir investigação. Um dia depois do crime, na sexta-feira, a investigação informou que o laudo preliminar do Instituto Geral de Perícias (IGP) apontou a asfixia como causa da morte.

*Estadão

Leia também1 Carrefour reitera medidas após morte em uma das unidades
2 Segurança envolvido na morte de João Alberto estava no 1° dia
3 Novas imagens revelam rixa entre João Alberto e seguranças
4 Carrefour: Folha utiliza "marido errático" ao falar de João Alberto
5 Carrefour: Patrícia Poeta chama grupo de vândalos e ganha apoio

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.