Paulo Moura - 31/08/2021 14h29 | atualizado em 31/08/2021 16h17

Após a conclusão do inquérito sobre o desabamento de um prédio em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, em junho deste ano, o delegado Rodrigo Freitas, da 16ª Delegacia de Polícia (DP), responsável pelo caso, pediu a concessão de perdão judicial a Genivan Macedo, de 57 anos, dono e responsável pela construção do imóvel. Com isso, o homem não sofreria qualquer punição.

No desabamento, ocorrido em 3 de junho deste ano, morreram o filho de Genivan, Natan de Souza Gomes, de 30 anos, e sua neta, Maitê Gomes Abreu, de dois anos. O delegado afirmou que a perda dos dois familiares e a culpa que o dono do prédio carregará pelo resto da vida já foram as maiores punições que ele poderia sofrer. O perdão judicial está previsto no Código Penal.

O desabamento, além de ter matado o filho e neta de Genivan, ainda feriu com gravidade sua filha, Nathaniele Gomes, que teve queimaduras graves em uma das pernas, provocadas pelo incêndio que ocorreu após a queda do prédio. A nora, Maria Quiara Abreu Moita, mulher de Natan e mãe de Maitê, também teve ferimentos graves.

– O desabamento do prédio construído por Genivan, além de ter levado seu patrimônio levou também parte de sua família. Não há pena maior que se possa aplicar a um chefe de família, trabalhador, do que a perda das pessoas que ama. Talvez a culpa que o mesmo carregará em sua consciência nenhuma pena criminal aplicada pelo poder público poderá suplantar – escreveu.

O inquérito foi encaminhado na última segunda-feira ao Ministério Público estadual, que dará seu parecer e encaminhará o caso à Justiça. A decisão sobre a concessão, ou não, do perdão judicial caberá ao juiz que ficar responsável pelo caso.

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