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Polícia investigará vandalismo em votação na Alesp, diz Doria

De acordo com a Assembleia, já foram contabilizados R$ 200 mil de prejuízo ao patrimônio

Pleno.News - 05/03/2020 17h32

Governador de São Paulo, João Doria Foto: PR/Marcos Corrêa

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou, nesta quinta-feira (5), que a Polícia Civil vai investigar atos de vandalismo praticados na Alesp (Assembleia de São Paulo) durante votação da reforma da Previdência estadual.

– Solicitei que identifiquem e punam os vândalos fantasiados de manifestantes que depredaram a Assembleia e agrediram policiais. As imagens estão sendo submetidas ao sistema de reconhecimento facial da Polícia – publicou em sua conta do Twitter.

Durante cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, Doria também elogiou os 59 deputados que votaram a favor da PEC (proposta de emenda à Constituição) da Previdência.

– Fizeram aquilo que tinham que fazer para defender os brasileiros de São Paulo e aprovaram a Previdência na Assembleia Legislativa, não obstante as ameaças, as agressões, as intimidações – declarou.

A Alesp informou que já foram contabilizados R$ 200 mil de prejuízo ao patrimônio. Na última terça (3), durante disucssão da PEC da Previdência dos servidores, manifestantes forçaram a entrada no Palácio 9 de Julho e na galeria do plenário, onde acontecia a votação.

Objetos como biombos, vidraças, cadeiras, lixeiras e hidrantes foram danificados e até atirados por manifestantes contra paredes, portas e policiais.

A Tropa de Choque, da Polícia Militar, teve que intervir durante a confusão e o quebra-quebra.

Procurada, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) ainda não havia confirmado o andamento da investigação e nem o balanço de policiais feridos até a conclusão deste texto.

Na terça (3), o presidente da Alesp, deputado Cauê Macris (PSDB), afirmou em coletiva com jornalistas que o vandalismo foi realizado por “black blocks” e que a ação já era monitorada por meio de redes sociais desde o dia anterior em conjunto com a inteligência da polícia.

– As pessoas que vieram aqui hoje colocar de forma legítima suas posições, sejam elas contrárias ou favoráveis à reforma, assistiram a um palco de depredação por parte de alguns poucos ‘black blocks’ e vândalos – disse na ocasião.

O presidente da Alesp disse ainda que as portas de acesso foram fechadas porque o plenário da Casa já estava lotado.

– Começaram a tentativa de invasão do plenário, que não cabia mais tecnicamente nenhuma pessoa. Os 300 lugares já estavam ocupados – ressaltou.

Servidores e deputados criticaram a ação da polícia e afirmam que vão tomar providências contra supostos excessos cometidos.

– Vou acionar o Ministério Público Estadual contra a presidência da Casa, porque foi quem ordenou a Tropa de Choque aqui na Assembleia. E vou entrar também com requerimento na Corregedoria da Polícia Militar, para que haja investigação sobre os excessos da Tropa de Choque e da Polícia Militar – disse o deputado Carlos Giannazi (PSOL) ao Agora.

Sobre a declaração do deputado, a assessoria da Presidência da Alesp não se manifestou.

A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de SP) afirma que também vai entrar com representação na Corregedoria e Comando da PM.

– Esbanjaram autoritarismo e truculência contra aqueles que lutavam pelos seus direitos. Como se não bastasse, agora tentam jogar a culpa de toda aquela barbárie nos servidores, que foram covardemente atacados – disse a presidente da entidade e deputada estadual Professora Bebel (PT).

A tramitação da reforma da Previdência do estado de São Paulo terminou na quarta (4), com a aprovação do texto complementar da proposta pela maioria dos deputados.

De acordo com a comunicação da Alesp, a PEC, aprovada no dia do confronto entre manifestantes e policiais, teve a redação aprovada pela CCJR e deverá ser promulgada pela Mesa Diretora nos próximos dias.

Já o PLC (proposta de lei complementar), que também teve redação aprovada pela CCJR, será encaminhado ao governo estadual, que terá 15 dias para sancioná-lo.

*Folhapress

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