Polícia impede culto caseiro por “ordem” de governador
Caso aconteceu em Santa Catarina. Decreto do governador Carlos Moisés proíbe eventos e reuniões
Henrique Gimenes - 04/04/2020 15h58 | atualizado em 04/04/2020 16h29

A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) interrompeu um culto doméstico com cinco pessoas na cidade de Forquilhinha. De acordo com os policiais, a ação, ocorrida na quinta-feira (2), foi motivada porque o culto infringiu um decreto do governador Carlos Moisés (PSL).
De acordo com o boletim de ocorrência, ao chegarem no local, os policiais encontraram os cinco integrantes da família orando. Eles interromperam o ato após o aviso dos policiais e afirmaram que não sabiam da proibição de cultos caseiros.
A Polícia Militar informou que a interrupção era necessária para não promover uma aglomeração de pessoas e evitar a disseminação da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.
O decreto do governador proíbe “os eventos e as reuniões de qualquer natureza, de caráter público ou privado, incluídas excursões, cursos presenciais, missas e cultos religiosos”.
Em suas redes sociais, o procurador Walmor Moreira disse que irá acionar o Ministério Público Federal (MPF).
– PM de SC com “fundamento” em decreto do governador Carlos Moisés proíbe 5 pessoas de orar em sua casa. Porém, a Constituição diz que a casa é asilo inviolável, assim como são invioláveis a intimidade e a vida privada. Esta e outras arbitrariedades serão comunicadas ao Ministério Público Federal – informou.
https://twitter.com/Walmor_Moreira/status/1246215393930366985
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