Paulo Moura - 01/11/2019 13h52

A Polícia Federal identificou o navio responsável pelo vazamento de óleo que atinge a costa brasileira há pelo menos dois meses. Trata-se do navio Bouboulina, uma embarcação de bandeira grega de propriedade da empresa Delta Tankers. A Polícia Federal (PF) ainda não tem informações sobre se houve um vazamento ou um acidente com o navio.

– Nós temos a prova da materialidade e indícios suficientes de autoria. O que nos falta são as circunstâncias desse crime, se é doloso, se é culposo, se foi um descarte ou vazamento – afirmou o delegado da Polícia Federal no Rio Grande do Norte, Agostinho Cascardo.

Na manhã desta sexta-feira (1º), a PF iniciou uma operação para cumprir mandados na sede da empresa Lachmann Agência Marítima, responsável pelo navio no Brasil. Investigadores apontaram que a embarcação despejou cerca de 2,5 mil toneladas de óleo no oceano.

Os investigadores disseram ainda embarcação é legalizada e que o cumprimento dos mandados visa levantar documentações e informações sobre os dados da carga, tripulação, e o que aconteceu. A PF informou que o navio saiu da Venezuela no dia 18 de julho e a primeira aparição da mancha ocorreu dia 29 do mesmo mês, às 11h55 da manhã. Para o delegado Cascardo, apenas um navio mercante, carregado de petróleo, poderia ter deixado essa mancha.

A Polícia Federal iniciou a Operação Mácula, nesta sexta-feira (1º), para cumprir mandados de busca e apreensão na sede da empresa Lachmann Agência Marítima, responsável pelo navio suspeito de derramar ou vazar o óleo que atingiu o litoral nordestino. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte e são cumpridos no Rio de Janeiro.

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