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Polícia fecha fábrica que fazia linguiça com carne de cães

Segundo delegado, foram encontrados restos mortais de animais abatidos na residência

Ana Luiza Menezes - 22/10/2019 19h52 | atualizado em 22/10/2019 19h54

Polícia fecha fábrica clandestina que fazia linguiça com carne de cães e gatos Foto: Divulgação/Polícia Civil - ES

A polícia descobriu no Espírito Santo uma casa em que cachorros e gatos eram abatidos e a carne deles usada para a fabricação de linguiça, que posteriormente era vendida a consumidores, sem que lhes fosse informada o ingrediente verdadeiro dos embutidos. O flagrante ocorreu na última sexta-feira (18) na cidade de Guarapari.

Segundo a Polícia Civil, cerca de 50 cachorros, dez gatos e até um papagaio, em condições de maus tratos, eram mantidos dentro da casa, onde um idoso de 66 anos, a mulher dele, 62, e a filha, 27, residem.

Durante 15 dias policiais investigaram o local, após receberem uma denúncia anônima.

– Durante o cumprimento das diligências, encontramos a residência dos suspeitos em estado totalmente insalubre, com fezes e urinas no chão – afirmou na ocasião do flagrante o delegado Marcelo Santiago.

Ele acrescentou que todos animais foram resgatados. O local para onde eles foram encaminhados não foi informado.

Santiago acrescentou que o trio de presos abatia os animais e comercializava a carne deles. Na residência não foi encontrado nenhum recipiente com água ou alimento para os bichos que, ainda segundo a polícia, eram pegos nas ruas pelos acusados.

– Todos os animais estavam desnutridos e, inclusive, restos mortais de cachorros foram encontrados dentro da residência – disse ainda o delegado.

O trio foi preso por crime de maus-tratos aos animais, crime de manter um animal silvestre em casa sem autorização, por conta do papagaio, e crime contra relação de consumo, devido à venda de mercadoria inapropriada.

As investigações continuam para identificar pessoas que compraram as linguiças feitas com a carne de cães e gatos, além de eventuais cúmplices do comércio ilegal.

As duas mulheres presas foram encaminhadas ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Vila Velha e o homem para o CDP de Guarapari.

*Folhapress

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