Lema do protesto era "Eu não quero trabalhar, eu preciso"
Empresários da cidade de Araraquara que tentaram fazer uma carreata nesta quinta-feira (25) contra o fechamento do comércio foram impedidos de protestar. A cidade está em lockdown, com a circulação de veículos e de pessoas proibida até durante o dia. Acionadas, a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal interromperam a manifestação.
Com o lema “Eu não quero trabalhar, eu preciso” escrito em faixas, o grupo com cerca de 100 pessoas seguiu pelas ruas da cidade em direção à Praça dos Advogados. Barrados pelos agentes de segurança, os manifestantes foram até a frente da prefeitura, onde tentaram entregar ao prefeito Edinho Silva (PT) uma pauta de reivindicações incluindo a abertura dos comércios essenciais, que só podem funcionar em delivery, e a ampliação desse sistema para todo o comércio, além de mais vacinação.
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O documento foi entregue ao secretário de Segurança Pública, João Alberto Nogueira. Ele disse que os manifestantes descumpriram o decreto municipal, que impede a movimentação de veículos e de pessoas pela cidade, e serão autuados.
– As pessoas autuadas terão dez dias para apresentarem uma justificativa com a necessária comprovação – disse. O lockdown segue até a manhã de sábado (27).
Em nota, a prefeitura informou que o isolamento efetivo é a única saída apontada pela ciência para a superação desse momento crítico.
Com as novas mortes, a cidade chegou a 100 óbitos este ano, número maior do que o registrado em todo o ano passado, desde março, quando teve início a pandemia. Em 2020, foram 92 mortes. A ocupação dos leitos hospitalares se manteve em 100% pelo quarto dia seguido. A cidade já teve confirmados 17 novos casos da variante brasileira do novo coronavírus, identificada inicialmente em Manaus.
*Estadão