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Polícia do PR apura relação entre mortes de petista e segurança

O vigilante Claudinei Coco Esquarcini, um dos diretores do local da festa do petista, cometeu suicídio neste domingo

Monique Mello - 18/07/2022 17h56 | atualizado em 18/07/2022 18h24

Marcelo Arruda e Claudinei Coco Esquarcini Fotos: Arquivo Pessoal

A Polícia Civil do Paraná investiga uma possível relação entre a morte do vigilante Claudinei Coco Esquarcini no domingo (17), com o assassinato do guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo Arruda, ocorrido no último dia 9 em Foz do Iguaçu. Arruda foi morto pelo agente penal federal Jorge Guaranho durante a sua festa de aniversário, que tinha como tema o PT e imagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Esquarcini pertencia ao quadro de diretores da Associação Recreativa e Esportiva Saúde Física (Aresf), local onde a festa de Arruda ocorreu. Por ser um dos diretores, ele teria acesso ao sistema de monitoramento das câmeras de segurança por meio de senhas.

Segundo a Polícia Civil do Paraná, Esquarcini cometeu suicídio em Medianeira (PR). Imagens de uma câmera de segurança mostra que ele estava sozinho quando se jogou de cima de um viaduto na BR-277. Foi socorrido com vida, mas não resistiu.

Nesta segunda-feira (18), os advogados que representam a família de Marcelo Arruda pediram que seja determinada a busca e apreensão do celular de Esquarcini e que a presidência da Aresf forneça em até 24 horas ao Ministério Público a lista completa de diretores da associação.

Após a morte de Esquarcini, começou a circular a informação de que o agente de segurança teria sido o responsável por mostrar a Guaranho as imagens das câmeras da festa na qual ocorreu a morte do tesoureiro do PT. Um associado da Aresf ouvido pelo Estadão, no entanto, afirmou que Esquarcini não estava no churrasco no qual Guaranho teria tido acesso às imagens da festa do petista.

Na sexta (15), a delegada Camila Cecconello, responsável por comandar as investigações sobre a morte de Arruda, informou que Guaranho ficou sabendo que uma comemoração com temática do PT estava ocorrendo na Aresf porque as imagens das câmeras de segurança da festa foram mostradas a ele durante um churrasco. A identidade da pessoa que tinha acesso às imagens das câmeras não foi revelada. Segundo a delegada, a testemunha afirmou que não teria mostrado as imagens por maldade e não sabia das intenções de Guaranho.

A conclusão do inquérito policial indiciou Guaranho por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por colocar em risco a vida de outras pessoas presentes na festa. Ele continua internado em estado grave, porém estável, respirando com a ajuda de aparelhos. O Ministério Público do Paraná teve acesso ao inquérito policial e deverá se manifestar esta semana sobre o assassinato, podendo abrir denúncia contra Guaranho ou pedir mais diligências sobre o caso.

*AE

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