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Polícia apreende celulares de mãe, pai e padrasto de Henry

Polícia também interditou o apartamento da Barra onde a criança foi encontrada desacordada

Paulo Moura - 26/03/2021 08h52 | atualizado em 26/03/2021 09h32

Henry Borel de Almeida morreu aos 4 anos enquanto estava sob os cuidados da mãe Foto: Reprodução

Policiais da 16ª DP, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, cumpriram quatro mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (26), como parte das investigações da morte do menino Henry Borel, de 4 anos, que faleceu no dia 8 de março após ser encontrado desacordado no apartamento onde morava com a mãe, Monique Almeida, e com o padrasto, o vereador Dr. Jairinho.

Nas operações, a polícia reteve celulares e computadores da mãe, do padrasto e do pai de Henry. A polícia esteve na casa do vereador Dr. Jairinho, padrasto de Henry, na Barra da Tijuca; na casa do ex-deputado estadual Coronel Jairo, pai de Jairinho, em Bangu, onde o vereador estava; na casa da família de Monique Medeiros, mãe de Henry, em Bangu, onde ela estava; e na casa de Leniel Borel, pai de Henry, no Recreio.

Os mandados para a operação desta sexta foram expedidos pelo 2º Tribunal do Júri da Capital. A Justiça decretou ainda a quebra dos sigilos de todos os alvos da investigação. Além disso, o apartamento da Barra onde a criança foi encontrada desacordada no último dia 8 de março foi interditado até que a polícia realize novas perícias. As chaves do imóvel deverão ser entregues à polícia.

Houve uma busca também para a casa do pai do menino, Leniel Borel. Apesar de o engenheiro ter entregue o menino na casa de Monique oito horas antes de Henry dar entrada no Hospital Barra D’Or, já morto — aparentemente sem qualquer indício de lesão —, os investigadores querem esgotar todas as possíveis linhas de investigação.

O FATO
O menino Henry Borel Medeiros morreu no último dia 8 de março, em um hospital da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Segundo Leniel Borel, ele e o filho passaram um fim de semana normal. Por volta das 19h do domingo (7), ele levou o filho de volta para casa onde este morava com a mãe, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, e com o médico e vereador do Rio, Dr. Jairinho.

Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 de segunda (8), ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.

Ao chegar ao hospital Barra D’Or, Monique e Dr. Jairinho informaram ao pai da criança que eles ouviram um “barulho estranho durante a madrugada e, quando foram até o quarto ver o que estava acontecendo, viram que a criança estava com os olhos virados e com dificuldade de respirar”.

De acordo com o laudo de exame de necrópsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente.

Como parte da investigação da morte de Henry, agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) recolheram imagens de câmeras do circuito interno de um shopping onde o garoto foi a um parquinho e do condomínio em que Leniel Borel morava. Segundo os investigadores, o menino chegou aparentemente saudável aos locais.

Na quarta-feira (17), Monique e Dr. Jairinho foram ouvidos separadamente por cerca de 12 horas, na 16ª DP. De acordo com a polícia, a mãe e o namorado só foram ouvidos nove dias depois do crime porque Monique estaria em estado de choque, sob efeito de medicamentos.

OUTROS DEPOIMENTOS
Além da faxineira, a avó materna do menino também foi ouvida pelos investigadores na quarta-feira (24), assim como uma ex-namorada do vereador Dr. Jairinho, que acusou o político de ter agredido a filha dela anos atrás.

Além dela, uma outra mulher, que disse ter tido uma relação com Jairinho, também prestou depoimento na 16ª DP. Ela afirmou que teve brigas com o vereador, mas que jamais sofreu agressões.

A polícia também já ouviu uma enfermeira e duas médicas do Hospital Barra D’Or. Elas atenderam Henry na madrugada do dia 8 de março. O perito do IML que fez o laudo de necropsia também já prestou depoimento.

A faxineira Rosângela, que trabalhava no apartamento da família do menino Henry Borel, prestou depoimento à polícia sobre o dia do fato, mas trouxe uma versão diferente daquela apontada por Monique Medeiros, mãe do garoto, na investigação da morte da criança que faleceu na madrugada do dia 8 de março, no Rio de Janeiro. Em sua declaração aos policiais, Rosângela disse que foi avisada sobre a morte de Henry no dia em que foi trabalhar.

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