PMs do Ceará aceitam acordo e encerram motim
Greve dos militares durou 13 dias
Gabriela Doria - 01/03/2020 22h22 | atualizado em 02/03/2020 07h38

A Polícia Militar do Ceará aceitou a proposta salarial do governo estadual e encerrou o motim, que já durava 13 dias. A proposta não contempla a anistia aos militares, mas prevê o abrandamento das punições.
As regras da corporação afirmam que a greve de policiais militares é proibida e ilegal.
No último dia 19, um grupo de policiais militares do Ceará decidiu paralisar o trabalho como forma de protestar contra o reajuste salarial discutido na Assembleia Legislativa do Ceará (ALCE). A partir de então, PMs passaram a ocupar batalhões e pressionar para que a população e outros agentes aderissem à greve.
O ministro da Justiça, Sergio Moro, parabenizou a decisão dos policiais por aceitarem o acordo.
– Recebo com satisfação a notícia sobre o fim da greve dos policiais no Ceará.O Gov Federal esteve presente, desde o início, e fez tudo o que era possível dentro dos limites legais e do respeito à autonomia do Estado.Prevaleceu o bom senso, sem radicalismos. Parabéns a todos – escreveu Moro no Twitter.
Desde que o motim começou, o número de homicídios no Ceará mais que dobrou. Entre os dias 1º e 25 de fevereiro, o estado registrou 364 assassinatos. Para se ter uma ideia, no mesmo período, em 2019, o Ceará contabilizou 153 mortes violentas.
A partir do dia 26, o estado parou de divulgar os dados de homicídios.
Os policiais militares retornarão ao expediente nesta segunda-feira (2).
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