PMs de ação com morte de Kathlen são afastados das ruas
Mãe da vítima afirma que o tiro veio de um policial. Corporação nega
Monique Mello - 11/06/2021 13h39 | atualizado em 11/06/2021 13h57

A Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que os 12 agentes envolvidos na operação no Complexo do Lins, na Zona Norte, que resultou na morte de Kathlen Romeu, foram afastados das ruas.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) instaurou uma investigação para apurar a conduta dos policiais que participaram da ação na última terça-feira (8). Em nota, o MPRJ ainda afirmou que pediu à Corregedoria da Polícia Militar para instaurar um inquérito interno para investigar o caso.
A família da vítima, de 24 anos, diz que o tiro que matou a designer de interiores foi disparado por um policial.
Já a Polícia Militar afirma que policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) foram atacados por criminosos, quando estavam em uma localidade chamada “Beco da 14”, e reagiram. Eles só souberam que Kathlen havia sido atingida quando o tiroteio terminou, sem que ninguém fosse preso.
– Avisa ao major Blaz (porta-voz da PM) que esta historinha que é contada há anos na televisão [de] que foi troca de tiros, [de] que a polícia foi recebida a tiros…quem foi recebida a tiros foi a minha filha. Eu fui informada por todos de que não foi troca de tiros – afirmou ao portal G1 a mãe de Kathlen, Jaqueline de Oliveira Lopes.
A Polícia Civil não encontrou, no local em que Kathlen morreu, cápsulas deflagradas que pudessem facilitar a identificação do autor dos disparos. Isso prejudicou a perícia. A PM garante que não alterou o local do crime antes da perícia.
Por enquanto, a Delegacia de Homicídios da capital ouviu cinco dos 12 policiais militares que participaram da ação. Segundo a polícia, o cabo Marcos Felipe da Silva Salviano disse ter trocado tiros, por volta das 14h15 da terça-feira, com quatro criminosos, todos armados, e que pelo menos um deles portava um fuzil.
Na manhã desta sexta-feira (11), a avó, a mãe, o pai e o marido de Kathlen estiveram na Delegacia de Homicídios (DH). A avó, Sayonara de Fátima, será ouvida pelos policiais.
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