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PM sugere que bandido mate major: ‘Forja assalto, rasga ele’

Policial do Bope foi flagrado em conversa com chefe do tráfico

Gabriela Doria - 07/10/2019 14h18 | atualizado em 07/10/2019 14h22

PM teria sugerido morte de major que combatia tráfico Foto: Divulgação

Um grampo telefônico flagrou uma conversa em que um policial militar do Batalhão de Operações Especiais (Bope) sugere ao chefe do tráfico no Complexo da Serrinha que matasse um major que liderava ações policiais na comunidade em Madureira. De acordo com as mensagens interceptadas pela Polícia Federal, o PM aconselha Walace de Brito Trindade, o Lacoste, a forjar um assalto e executar o major.

Os diálogos, divulgados pelo jornal O Globo, mostram que o policial informava Lacoste sobre a rotina do Bope e também avisava com antecedência sobre ações na comunidade. As conversas foram gravadas entre 2014 e 2015.

– Pow meu rei manda buscar ele [major] em casa sem levantar suspeita. No sapatinho levanta onde mora e manda pescar. É o único jeito, ou então espera esse arrombado sair que já tá perto. Manda ver onde mora e quando ele for sair da casa, forja um assalto e rasga ele – diz o policial.

Após uma semana, o PM volta a comentar o assunto e sugere o local e o tipo de arma a ser usada.

– Tem que ser longe daí. Glock com silenciador e carregador goiabada de 100 tiros pow vai brincar com ele. Esse cara tá com marra de brabo. Manda ele pro c* – completou.

Lacoste responde e promete providências.

– Correto, vou ver. Tinha que arrumar uns caras pra fazer essa parada meu rei – disse o traficante, que foi informado pelo PM de que não seria difícil encontrar um executor.

Em outra interceptação, o mesmo policial avisa o chefe do tráfico de uma operação que aconteceria na Serrinha e em outras comunidades. Na ocasião, o soldado Ryan Procópio Guimarães ha via sido sequestrado, torturado e executado, em uma favela de Bangu. O soldado era irmão de um tenente do Bope.

– Pow meu rei se liga tá rolando um papo que mataram o irmão de um oficial aqui do Bope. Vai tampar a Vila por tempo indeterminado até pegar o mano. Tem que mandar o mano ir para bem longe porque vão fazer carga lá até pegar ele – avisou o PM.

“Mano” era o apelido de Rafael Alves, chefe do tráfico da Vila Aliança.

Até o momento, o major alvo da dupla segue na Polícia Militar. A identidade do PM que repassava as informações para Lacoste não foi revelada.

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